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12 de Outubro de 2000 às 14:21

«Estruturar o Rural para Globalizar e Informar»

Vivemos sem duvida num mundo de cabos. A nova e-conomia oferece oportunidades e empregos para os que têm um bit de ambição, não é verdade?

Luis Pires, Director de Delivery, Tracy Information Technologies

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Vivemos sem duvida num mundo de cabos. A nova e-conomia oferece oportunidades e empregos para os que têm um bit de ambição, não é verdade? Bem, sim... desde que se viva a menos de 5km de um switch de telefone.

Tanto faz onde estamos ou como acedemos à Internet. A experiência de comprar livros na Amazon, fazer compras para casa no site do Pingo Doce ou executar operações através do HomeBanking é a mesma, seja a alta ou baixa velocidade. No entanto, para conteúdos de streaming (cada vez mais vulgares) em ligações de 56kbs (conexões lentas) é melhor nem tentarmos, não por razões de quantidade mas sim de qualidade.

Felizmente, a Internet de alto débito através de tecnologias de modem de cabo é magnífica e indescritível, principalmente quando fazemos downloads de conteúdos de grande dimensão (upgrades de software, streaming video etc).

Mas não é só uma questão de "desníveis tecnológicos" que separa as ligações de acesso rápido dos tradicionais Dial-Up: cada vez mais e mais conteúdos da WEB não estão simplesmente disponíveis para "Dialers" e, como resultado, estamos a transformar-nos numa sociedade de e-ter ou e-não-ter.

Muitos são os organismos e as empresas que, separadamente, tentam criar uma infra-estrutura que permita um novo monopólio nas novas tecnologias de comunicação. As empresas de electricidade e de telecomunicações não tinham "má" intenção quando, inicialmente, não serviam zonas menos populacionais. Tinham era que gerar a máxima rentabilidade e manter os seus accionistas felizes. 

A lógica do negócio teria mantido um país incomunicável e às escuras. No entanto, felizmente, o objectivo dos governos não é o mesmo. Não devemos por isso esquecer que globalizar não significa monopolizar.

Muitos são os conceitos, muitas são as soluções e mais ainda os pseudo-especialistas sobre as novas formas de gerir informação e conhecimentos. No entanto, estamos de forma passiva a assistir a uma nova revolução: "A Revolução Digital". Linhas Digitais, Cabo, Satélites e Wireless Gigabit são algumas das tecnologias de acesso a alto débito que serão suportadas pela lógica do negócio.

Não me interpretem mal, mas acesso global a alto débito é algo que ainda não necessitamos agora. No entanto, a importância da WEB e do aceso à Internet de modo geral cresce rapidamente, até mais rápido do que esperamos, e um pouco de planeamento agora poderá livrar-nos de alguns problemas no futuro. Podemos deixar as incertezas da infra-estrutura e da largura de banda criar "Cidades fantasmas", como aconteceu com as mudanças das linhas de transporte, ou juntos encontrarmos uma solução de que todo o país possa beneficiar.

E nunca esqueçamos que quem criou a Internet foi o governo dos Estados Unidos da América.

Luis Pires

Director de Delivery da Tracy Information Technologies

Grupo Tracy International

www.tracy-international.pt

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