Opinião
E o que pensa Mendes?
Espera-se que Marques Mendes faça o que deveria ter feito no início da vergonha na câmara de Lisboa. Porque se é verdade que Isaltino e Valentim não eram o melhor que o partido tinha para oferecer ao país, não é menos verdade que Carmona não é propriament
O partido é o mesmo. E Marques Mendes? Será que considera Carmona um exemplo de credibilidade política? O que pensa de quem esconde a situação judicial do seu principal colaborador?
O que pensa de quem se ausenta para o estrangeiro em plena crise da instituição a que preside? Carmona – já o dissemos – é, sobretudo, um sonso. E, como bom sonso, armadilha raízes quando se sente inseguro: no auge da crise faz-se eleger presidente da Associação de Turismo de Lisboa; na perspectiva de ser constituído arguido pede um adiamento. Tão patético quanto provocador. Marques Mendes tem sido cúmplice deste comportamento mas não pode continuar prisioneiro dos seus medos. Sentir medo é humano e compreende-se que Mendes tema os efeitos colaterais da perda de Lisboa. Só esse receio justifica que tenhamos chegado ao absurdo que só permiteuma solução: Mendes está obrigado a provocar eleições e encontrar um candidato capaz de recuperar a credibilidade perdida.
Não sendo o próprio – a perspectiva da derrota é terrificante –, há um nome que emerge como óbvio, Paula Teixeira da Cruz.
Já é esse o desafio que se põe à liderança de Marques Mendes.