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Opinião
14 de Outubro de 2012 às 23:30

Cocktail Molotov

A partir deste OE todos os portugueses vão trabalhar para o Estado. A bem ou a mal. Mesmo sem serem funcionários do Estado. A sovietização do País, disfarçada de liberalismo, estará então cumprida.

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O Estado de bem-estar será então substituído pelo Estado totalitário a quem todos os portugueses terão de dar conta da sua vida e terão de entregar a maior parte dos seus parcos rendimentos.

As novas tabelas do IRS acorrentam os portugueses ao Estado que lhes bebe o sangue, o suor e as lágrimas. Quem ganha 80 mil euros brutos é rico. Quem recebe 40 mil euros é quase rico.

Os portugueses são ricos sem o saberem. Este é o socialismo de miséria que Pedro Passos Coelhos e os seus pajens não prometeram nas eleições.

O Big Brother é o pai dos impostos: tudo o que mexe é taxado. Passos Coelho prossegue a sua revolução: vamos ser todos pobres sem honra. Descobre-se agora que Passos Coelho é o filho tardio de Lenine. Está acompanhado das reencarnações de Trotsky (António Borges) e Vítor Gaspar é o novo Molotov.

O cocktail fiscal do nosso Molotov destrói economicamente, chamusca fisicamente e, ainda pior, aniquila mentalmente. A Paulo Portas está reservado o papel de Kerensky. E a UE e o FMI, cúmplices nesta sovietização forçada, aplaudem com palmas ordeiras como nos congressos do PCUS.

Os novos escalões do IRS são mais do que uma medida fiscal. São uma chicotada psicológica no liberalismo: destroem de vez a ideia que trabalhar é bom e que o mérito compensa. Quando Passos Coelho diz que é liberal, rimos tanto como se Estaline dissesse que era democrata-cristão. Passos Coelho cumpre agora, em nome do liberalismo, o que alguns não conseguiram em 1975.
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