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19 de Julho de 2007 às 13:59

200 anos de história com futuro sustentável

O Banco Pictet foi fundado em 1805, na Suíça. É um dos maiores bancos do mundo na área do Private Banking, gerindo activos de valor superior a 218 mil milhões de euros. Após 200 anos de história, continua a inovar, pelo que as perspectivas de futuro são f

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O respeitado Banco Pictet, passe a publicidade, está optimista quanto ao futuro da economia mundial e recomenda que, a partir de agora, os seus clientes invistam uma parte dos seus recursos em fundos especializados no desenvolvimento sustentável.

Há dias, em Genebra, afirmava um dos seus administradores perante um grupo de investidores e clientes: "Temos de actuar perante o aquecimento global do Planeta. De nada adiantam os nossos mais de 200 anos de obra feita se não tivermos futuro."

Para lutar contra o aquecimento global, o Banco actua em diferentes planos. No âmbito financeiro, recomenda o interesse pela "água" e pelas "energias renováveis". Há sete anos, lançou o "Water Fund", quando os seus principais concorrentes e as tendências do mercado apostavam nas empresas tecnológicas, tendo obtido, desde então, retornos muito interessantes. Há dois meses, foi apresentado publicamente um novo fundo, especializado em energias "limpas".

Quanto à organização interna, o Banco decidiu promover o recurso aos transportes colectivos e ofereceu subsídios aos colaboradores que optem por não usar os automóveis.

O Pictet privilegia as videoconferências, em detrimento das reuniões pessoais que obrigam, regra geral, a deslocações, com os consequentes impactos ao nível do ambiente. E sempre que o recurso ao transporte aéreo é incontornável, o Banco canaliza fundos para projectos de desenvolvimento que, de alguma forma, compensam a poluição dos aviões.

A noção de desenvolvimento sustentável chegou, inclusivamente, até à cozinha do Banco. Para a confecção das refeições, o cozinheiro é obrigado a fazer as compras no comércio local, evitando ao máximo os transportes poluentes e assumindo, também, uma vertente de responsabilidade social, ao apoiar as pequenas empresas agrícolas da região.

Relativamente à envolvente macroeconómica, os responsáveis do Pictet consideram que o crescimento da economia vai continuar, ainda que a ritmos diferentes, na Europa, nos Estados Unidos e nos Países Emergentes: "É possível que estejamos a iniciar uma fase que poderá ser uma das mais prósperas da história económica mundial", afirma um dos administradores.

Refira-se que o Banco tem estado a recomendar aos seus clientes a compra de acções em detrimento das obrigações e sugere, também, o investimento em ouro ou em outros metais preciosos, funcionando estes como refúgio e, portanto, como alternativa aos investimentos puramente financeiros.

No mercado de acções, o Banco Pictet aposta em valores seguros, de empresas tradicionais e ligadas a sectores estruturais da economia, assim como nas áreas da biotecnologia.

Achei particularmente interessante esta abordagem do Banco Pictet, que não descura a sua função social e de contribuição para a melhoria do meio ambiente, com inequívocas e louváveis preocupações de sustentabilidade – ao nível da gestão ambiental, de recursos humanos, dos recursos financeiros e da responsabilidade social.

Verificamos, também em Portugal, que estas preocupações já estão na agenda. São múltiplas – e serão cada vez mais – as empresas, instituições e particulares que, todos os dias, dão o seu contributo para que o saldo global das suas actividades seja positivo para o desenvolvimento dos seus projectos e, em simultâneo, para o desenvolvimento sustentável de toda uma sociedade.

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