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À rentrée

A vida é feita de ciclos. Ciclos que são superiores, inferiores ou iguais a um ano. E as férias são, muitas vezes, marcos que definem o fim/início de um ciclo anual de trabalho ou estudo. Ao início de ciclos repetidos chamamos rentrée.

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A rentrée constitui um recomeço. Um período privilegiado para equacionar o que se vai manter e aquilo que se vai fazer diferente. A repetição de ciclos permite às empresas e aos seus gestores definir standards para as atividades e projetos que se repetem, facilitando a sua melhoria, reequilibrando as equipas e promovendo os incrementos de desempenho.

 

Mas a repetição dos ciclos, e o ajustamento de standards, permite também todo o espaço para que os gestores equacionem o que pode e deve ser diferente. A rentrée é, assim, o momento para se definirem os projetos novos e as mudanças a fazer no ciclo ou ciclos seguintes. Mais, na geografia onde estamos e para a grande generalidade das organizações, este período de tempo é aquele que antecede a preparação dos orçamentos para o ano fiscal seguinte.

 

A rentrée, no pós-férias, deve ser então marcada pela reflexão e decisão sobre as áreas nas quais se podem implementar melhorias, sobre a forma como a gestão da agenda pode ser melhorada, sobre como as equipas poderão crescer e ser desafiadas e, sobre como se pode reinventar com recursos que já existem ou que sabemos escassos. Isso pode e deve acontecer, porque na generalidade dos casos, as pessoas regressam de férias com mais energia e com mais ideias que vão ou foram buscar a algo que leram, a conversas que tiveram ou a algo que viram, ou mesmo a ideias que surgiram porque simplesmente deram mais tempo a que isso acontecesse.

 

Assim sendo, a rentrée deveria ser encarada por todos com motivação, entusiasmo e até curiosidade. Do lado dos gestores e líderes, entusiasmo com o que a renovada energia e as novas ideias que todos trazem podem potenciar de mudança e melhoria na atividade. Do lado dos trabalhadores, motivação e curiosidade com as alterações e os projetos que podem ser promovidos e iniciados e a facilitação ou melhoria que esses trarão ao seu próprio trabalho.

 

Resta então saber, que tempos e espaços dão as empresas e os gestores na rentrée para a escuta, a provocação de novos projetos, a resolução de assuntos difíceis ou simplesmente para a criatividade. Sei que isto é difícil, porque sabemos que vamos encontrar resistência e porque é grande a tentação de executar a grande lista de pequenos assuntos. Mas se ousarmos usar a energia da rentrée para algo que potencie melhoria e crescimento, então estaremos a desempenhar bem o papel de gestores e líderes. Vamos a isso! À rentrée!

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