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“O poder da Visão”

Nas empresas, também assistimos a lideranças inspiradoras, a que chamamos de lideranças carismáticas, que conseguem ver mais distante do que as outras pessoas, que conseguem mobilizar as competências e energias necessárias e que fazem caminhos não ousados por outros e conquistam objetivos extraordinários.

Nos últimos anos, tenho tido a oportunidade de conhecer várias escolas de Gestão e Economia (generalizadamente conhecidas por Business Schools) em várias partes do Mundo. São escolas referência quer nos países onde estão localizadas, quer internacionalmente. Falo de um conhecimento que tenho que resulta de conversar com os diferentes stakeholders de cada escola (Deans e equipas de direção, reitores ou presidentes de universidade, conforme o modelo de governo, docentes, alunos, staff e parceiros empresariais), bem como por aceder a informação sobre o seu desempenho de atividade económica e financeira.

 

Consigo perceber como cada Escola atua na sua geografia e em outras geografias. Consigo perceber, em cada caso, a visão da equipa de liderança, a estratégia desenhada para perseguir essa visão ou a ausência dela. Consigo compreender quando os resultados da Escola são conseguidos porque existe um mercado natural ou um "monopólio" ou, quando resultam de um trabalho deliberado de aproveitar oportunidades difíceis, mas alcançáveis, com trabalho de equipa e resiliência. É curioso verificar como o sucesso de longo prazo, não depende da existência de um mercado local ou natural, mas da concorrência de um conjunto de fatores, das quais destaco, a visão do líder e a qualidade da sua equipa direta, uma estratégia clara que pode e deve ser simples e bem comunicada e, a qualidade das pessoas que nela trabalham. Isso independe do local. Está nas pessoas. E isso é verdadeiramente inspirador e energizante. E é também observável no contexto das empresas e organizações em geral.

 

Nas empresas, também assistimos a lideranças inspiradoras, a que chamamos de lideranças carismáticas, que conseguem ver mais distante do que as outras pessoas, que conseguem mobilizar as competências e energias necessárias e que fazem caminhos não ousados por outros e conquistam objetivos extraordinários. São líderes que aprendem bem o negócio e as indústrias onde estão, que escutam ativamente a envolvente e as equipas e que comunicam o caminho a seguir. Trabalham muito, pensam muito e de alguma forma, sofrem muito. Mas o sucesso conseguido com caminho difícil é que é inspirador.

 

O que inspira verdadeiramente, é a capacidade de algumas pessoas de verem o que muitos não veem. E veem porquê? Veem porque conhecem bem a industria, porque conhecem bem como as pessoas trabalham na sua geografia, porque conhecem bem as formas de trabalhar e estar em diferentes partes do mundo. Veem porque são observadores e curiosos do mundo. Veem porque têm esse dom. E ver assim é difícil. Mas não é apenas porque veem que inspiram. Mas porque quando veem aquilo que os outros não veem, trabalham no sentido de concretizar essa visão. Porque mobilizam de forma positiva o que é necessário para que isso aconteça. Porque não desistem, mesmo quando desanimam. Porque conseguem ir buscar energia para si próprios e para os outros. E isso inspira. E conseguem resultados assinaláveis. Que serão diferentes dos inicialmente perspetivados. Umas vezes inferiores e outras superiores. Muitas vezes apenas diferentes. Mas sempre dignos de registo. 

 

As férias estão aí. Aproveitemos para descansar. Mas também para ver a partir de locais diferentes, de pessoas diferentes, de horizontes diferentes. Para mudar o olhar, sobre as mesmas coisas. Conseguiremos ver diferente? Ou perceber quem nos inspira e dá energia?

 

Boas férias!

 

Católica Porto Business School

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