Nos últimos anos, temos assistido a uma explosão do uso de imagens GIF estáticas ou animadas na publicidade, muitas vezes usadas em modo de repetição automática. A sua grande flexibilidade, fidelidade e transmissibilidade, a par com as possibilidades criativas que oferecem, tornam-nas um excelente veículo para mensagens comerciais.

Por outro lado, as imagens animadas GIF têm um custo de produção muito inferior a um filme com a mesma duração, tornando o investimento publicitário mais acessível.

O êxito comercial da fita de animação computorizada "Mínimos", "Minions" no original, lançado em 2015, foi largamente assegurado pela publicidade através de imagens GIF das suas personagens que se tornaram omnipresentes na internet. Este filme arrecadou mais de mil milhões de euros de receitas em todo o mundo estando já entre os 10 maiores sucessos de bilheteira de sempre.

GIF, ler jif, é o acrónimo de Graphics Interchange Format, uma técnica de gravação de imagem inventada por Steve Wilhite nos finais dos anos 80 do século XX. Os ficheiros contendo estas imagens podem depois ser compactados usando um programa LZW (Lempel–Ziv–Welch) de compressão sem perda de dados.

Recentemente, a Riffsy, disponibilizando uma maneira fácil de criar imagens GIF, tem contribuído para a sua expansão entre as gerações mais novas, que agora trocam imagens GIF com a mesma facilidade com que a geração anterior usava as mensagens escritas. O site Giphy, no mesmo conceito do Youtube para os vídeos, disponibiliza milhares de imagens GIF que podem ser carregadas, vistas ou partilhadas.

Para além das redes sociais e da internet, as imagens GIF são usadas como veículo publicitário no marketing direto, já que podem ser incorporadas na correspondência eletrónica, inclusive como assinatura corporativa em vez do tradicional logótipo, e nos "mailings". A partir de 2015, a maioria das campanhas de "mailing" mais premiadas e mais eficazes tem por base imagens GIF.

A maioria dos "outdoors" que suportam imagem permite também passar imagens GIF.

Existe, pois, um leque alargado de meios publicitários, internet, redes sociais, "mailing" eletrónico, "outdoor", que suporta este tipo de imagem animada, abrindo um enorme leque de opções às empresas sem custo adicional de adaptação da campanha aos diferentes meios, um problema que limitava o uso mais diversificado de opções em muitas campanhas.

Os grandes anunciantes portugueses ainda não dominam esta técnica que, em Portugal, tem a dificuldade adicional de ser inacessível a grande parte da população que por razões educacionais e económicas está excluída do mundo da internet. Esta técnica pode contudo ser usada em muita publicidade B2B e em B2C sempre que o público-alvo seja o nicho constituído por jovens ou adultos familiares com as novas tecnologias.

Economista

Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico