Opinião
O que nós mudámos
O ano de 2003, quando o Negócios saiu em formato diário, parece a pré-história quando se olha para ele com a lupa da economia. Era um tempo de esperança numa prosperidade infinita e sem esforço oferecida pelo euro, um tempo de euforia. Acabámos a viver de crise em crise até aos dias de hoje. Uma das piores décadas da história económica portuguesa, com uma intervenção externa que nos diziam impossível.
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Quando o euro foi lançado, a história que se contava era baseada na comparação entre Lisboa e Trás-os-Montes. Para se dizer que as contas externas com os outros países eram tão pouco importantes como as que não se faziam porque não era preciso entre Lisboa e Bragança. Íamos ter a mesma moeda, íamos ter dívida em euros, pouco importava estar atento ou preocupado com as contas externas.
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