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04 de Outubro de 2013 às 09:39

Autárquicas de A a ZzZzZz...

António Costa – O grande vencedor das eleições. A sua vitória foi tão consensual que parecia uma candidatura independente.

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António Costa – O grande vencedor das eleições. A sua vitória foi tão consensual que parecia uma candidatura independente. Teve uma votação tão boa que deixou de roer os calcanhares a Seguro e passou a fazer sombra ao presidente da Comissão Europeia; se Cavaco não estiver a pensar em candidatar-se a um 3º mandato…

BE – Não mereceu um piropo, a prestação do Bloco de Esquerda nestas eleições. Os eleitores são o Tribunal Constitucional das propostas do Bloco de Esquerda. As pessoas até estão a deixar de dizer – o Bloco – e já começam a dizer o nome do partido completo; só para mostrar que já não têm nada a ver com isso.

Comunistas – depois da aposta que o Governo tem feito na agricultura, a vitória da CDU no Alentejo é a cereja que faltava: vem lá a Reforma Agrária. É espantoso pensar que, apesar de tudo, Cunhal ainda está mais actual que Soares.

Derrota – pesada de João Cordeiro. O povo de Cascais optou pelo genérico. O farmacêutico foi aviado.

Europeias – há candidatos que estão nos cartazes das campanhas autárquicas que deviam ter um picotado para recortar. Recortavam-nos pelo picotado e depois colocavam-nos nos cartazes das autárquicas. As próximas eleições são as Europeias, o acto eleitoral que exerço com maior alegria porque é escolher gente para mandar embora.

Fernando Seara – Em campanha, disse ter ido ao Zoo de Lisboa quando tinha 11 anos, e mesmo assim nem Sete Rios venceu. Apostou numa campanha baseada em acusações terríveis, acusou Costa de ter transformado a Av. da Liberdade nos Champs Élysées. O Doutor Seara, quando é para ofender, não brinca. Felizmente, não se lembrou de acusar António Costa de querer transformar o Parque Mayer numa Broadway, ou o Museu dos Coches no Louvre. Tenho um palpite que, em breve, se vai lembrar que, em pequeno, foi ao museu da BD em Bruxelas.

Guardas da Carregueira – tiveram de fazer horas extras quando apoiantes de Paulo Vistas foram celebrar para a Carregueira e Isaltino lançou jornais a arder pela janela da prisão para festejar a vitória – não eram jornais, eram documentos da Câmara; ele acordou estremunhado e julgou que o vinham prender.

Horta, Basílio – O ex-fundador do CDS e candidato pelo PS venceu as eleições e vai coligar-se com o PSD. Só o romantismo de Sintra explica estas paixões inesperadas. 

Independentes – no Governo não prestam, nas autárquicas são os maiores.

Jardim – nem quando vivia numa República em Coimbra Jardim foi tão impopular. Ele deve estar a sentir o que sentiu o Lance Armstrong. Até o senhor que toma conta das selvagens usou o telefone para convencer a mãe a votar contra ele.  

Lei da limitação de mandatos – Não há hipótese, os portugueses são uns desenrasca. Se já temos esquemas para desbloquear os bloqueadores da EMEL, coitadinha da lei da limitação de mandatos. Uma extravagância inventada pelo PSD entregou o Alentejo aos comunistas outra vez. Marx escreve direito por linhas tortas.

Menezes – Todos pensavam que eram favas contadas… Até Pedro Abrunhosa apoiou Luís Filipe Menezes O melhor que ele tem a fazer é tirar os óculos escuros para não ser reconhecido na rua. A cara de Menezes, no final da noite, não é de quem sabe por quantos perdeu. É de quem não sabe quanto gastou.

Ninja de Gaia – Não faço ideia quantos votos teve. Sei que o Panda do Kung Fu de Gaia ficou em terceiro, atrás do José Guilherme Aguiar. 

Oeiras – Ganhou o candidato 3.978 por intermédio de Paulo Visitas. A primeira obra vai ser a extensão do SATU até à Carregueira.

Passos Coelho – Perdeu. Perdeu quase tudo. Laura tinha ameaçado divorciar-se se o PSD perdesse na Manta Rota.

Quim Barreiros – Rui Moreira acusou Menezes de tentar criar uma “falsa abastança com porcos no espeto e Quim Barreiros a cantar”. Era grave se fosse ao contrário: porcos a cantar e Quim Barreiros no espeto. Ninguém quer ouvir porcos a cantar.

Rui Rio Moreira – outro grande vencedor da noite eleitoral e dos dias que se vão seguir. Um grande abre olhos para a classe política: quanto menos independente for um independente, mais hipótese tem de vencer como independente. Independentemente de quem fosse, ninguém queria lá o Menezes.

Seguro – venceu umas eleições, mas ficamos todos com a mesma sensação que quando o Vítor Pereira ganhou o campeonato.

Tumultos – quase não houve. Apenas houve distúrbios em Ourondo, em protesto contra a agregação da freguesia à de Casegas. Recusam-se a juntar-se a uma freguesia com um nome esquisito. 

Ui – que isto está quase a acabar

Vice-PM – estava radiante, o Paulinho das Câmaras. 

Woody Allen – O António Costa disse que quer o Woody Allen a fazer um filme em Lisboa. Eu, como moro na capital, acho que é melhor ir buscar o Sá Leão para fazer esse filme, porque Lisboa é só buracos.

X – milhares de portugueses recusaram colocar este símbolo no boletim de voto. As eleições foram desprezadas por muitos. Camilo Lourenço escreveu: "Pronto, acabou o ‘fait-divers’. Podemos voltar ao trabalho?” Qual trabalho, Camilo? Se calhar, o melhor é fazer outras eleições.

Zero – foi o número de debates nas televisões generalistas. Ou a lei muda ou a única hipótese que as televisões têm é convidar os principais candidatos para concursos e programas do género. Um Preço Certo com o Luís Filipe Menezes. Um Dança com Estrelas com o Seara. Uma corrida de touros com o Carlos Abreu Amorim. Estão a ver a ideia?

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