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1991. A joint-venture entre a Ford e a Volkswagen ditava uma mudança radical nos destinos de Palmela e na vida económica portuguesa. "Vamos ter o maior projecto industrial de sempre", garantia Faria de Oliveira, ministro do Comércio e do Turismo, naquele Verão. Como estaria hoje o concelho sem a Autoeuropa, o gigante que nasceu de um dos maiores investimentos estrangeiros em solo português e que estimulou a criação de um parque com 19 fábricas fornecedoras?
Em 2006 (já depois da saída da Ford de Portugal), o concelho superava pela primeira vez os 2.000 milhões de euros em exportações, mas a linha do comércio internacional não se desenhou sempre em crescendo. A maior quebra registou-se entre 2008 e 2009 (de 2,1 mil milhões para 1,75 mil milhões), coincidindo com o ano fatídico em que a economia mundial começou a tremer. Depois da redução em 173 milhões de euros entre 2015 e 2016, no ano passado, as exportações voltaram a recuperar para 2,55 mil milhões.
Em 2016 - ainda a produção do novo T-Roc não havia criado o alvoroço que tem resultado num longo processo de negociações entre a administração e os trabalhadores - a Volkswagen Autoeuropa facturou mais de 1,5 mil milhões de euros, segundo os dados que a Informa D&B forneceu ao Negócios. É ela que lidera as contas e foi à sua volta que cresceram as maiores exportadoras do concelho e, à boleia, seis países que nele têm investido, posicionando-o como o segundo maior exportador nacional. A Alemanha (Volkswagen Autoeuropa e Continental Teves), a Dinamarca (Hempel), a Austrália (Amcor), a Coreia do Sul (Hanon Systems), a França (Faurecia) e a Espanha (Sociedade Luso Espanhola de Metais) são os combustíveis que empurram os contentores para fora do país.
Nota: A elaboração do "ranking" resulta da metodologia de análise da Informa D&B. A informação financeira considerada é baseada no balanço e demonstração de resultados individual e respectivos anexos financeiros publicados e existentes na base de dados Informa D&B. As empresas foram classificadas em 13 sectores de actividade, excluindo-se o sector financeiro e a Administração Pública, assim como as entidades sem empregados e as empresas offshores. Foram excluídas as empresas que não publicaram ou disponibilizaram a informação necessária. São apenas consideradas as empresas que se encontram activas.