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Ex-líbris de Palmela

Carregada de património edificado, a começar pelo icónico castelo, Palmela guarda também um longo historial no teatro e a herança gastronómica de um tecido marcadamente rural.

30 de Outubro de 2018 às 11:30
Bruno Colaço
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Cultura o bando à solta
Nasceu no ano da liberdade, 1974, assumindo-se, assim, como uma das cooperativas culturais mais antigas do país. Com espectáculos assíduos numa casa de campo em Vale dos Barris, Palmela, o Teatro o Bando tem-se pautado pela descentralização, desde que começou pelo teatro de rua e pela animação para públicos infantis, escolas e associações culturais até abordagens mais experimentais, sempre com especial atenção à cenografia. Nestes 44 anos, apresentaram ao público mais de 100 criações (maioritariamente de autores portugueses) através de perto de 5.000 espectáculos. No entanto, foi uma das companhias de teatro que recebeu cortes no financiamento da Direcção-Geral das Artes.

Gastronomia o coelho e a caramela
Coelho selvagem, feijão encarnado, vinho, alho e folhas de louro formam a base de um dos pratos mais representativos de Palmela. A popularidade do prato fez com que, em Outubro, ele passasse a ser o centro dos Fins-de-Semana Gastronómicos do concelho. Não muito longe no palato, há também a Sopa Caramela, cuja onomástica, diga-se, não é propriamente simpática. Conta-se que, tendo em conta o despovoamento desta parte da Península de Setúbal até à construção da primeira ponte sobre o Tejo, grande parte dos trabalhos sazonais eram assegurados por habitantes da Beira Litoral, que eram localmente conhecidos como "caramelos". Terão sido eles, nesse tempo, a implantar na região a reconfortante sopa de feijão, batata, couve, carne e enchidos de porco. Desde 2016, Pinhal Novo recria, no mês de Maio, o Mercado Caramelo, em honra da dita sopa.


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