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Foto em cima: Francisco Rocha Gonçalves, na abertura do Electric Summit, Energy Outlook 2025 - The new era of Power Politics.
"A Europa está a fazer uma transição energética quando não controla a tecnologia, estamos mais de uma geração atrasados, nem a matéria-prima, porque exploramos pouco a matéria-prima", afirmou?Francisco Rocha Gonçalves, vice-presidente, Câmara Municipal de Oeiras,?na abertura da conferência Electric Summit, dedicada ao tema "Energy Outlook 2025: The New Era of Power Politics", uma iniciativa do Negócios, da Sábado e da CMTV, em parceria com a Galp, a REN e a Siemens, contando com a EY como knowledge partner e com Oeiras como município anfitrião. Na sua opinião, a história das transições energéticas que nenhuma se fez sem "dor". Para sair deste "labirinto" terá de se usar de "pragmatismo e racionalidade" para que esta transição corra com menos problemas e dores. Lembrou os problemas dos construtores automóveis europeus e a implosão da maior fábrica de baterias para carros elétricos na?Europa. "Estamos a fazer muitas coisas erradas, motivadas por preconceito e por falta de estudo. Sou um pessimista nestas matérias porque acho que, estamos a estudar, a ler e a ver muito pouco do que os outros estão a fazer, centrados num eurocentrismo que está a acabar" afirmou Francisco Rocha Gonçalves. Concluiu que?"gostamos de decidir com base no conhecimento e do pragmatismo e no interesse e na construção das políticas públicas".
Mobilidade sustentável
Nos últimos dez anos o transporte individual passou de 62% para 66%, e o transporte público passou de 17% em 2011 para 14% em 2021. Estas alterações traduzem-se numa "responsabilidade de mais 25% de CO22 que é emitido, que do setor dos transportes advêm do modo rodoviário. Temos de trabalhar para alterar os padrões, a cultura, os comportamentos da forma como fazemos mobilidade em Portugal e na Europa", disse Cristina Pinto Dias.
Defendeu uma mobilidade que possa ser sustentável, e que para isso seja integrada, intermodal, "enlaçada entre os diferentes modos de transporte, reduzindo ao limite de transbordos que os passageiros possam ter de fazer. Tem de ser uma mobilidade inteligente, usar os dados e usá-los de forma criativa e segura".