- Partilhar artigo
- ...
Foto em cima: Peter Ammann, Head para o Centro de Competência de Green H2 da Siemens.
"Atualmente, quando falamos de hidrogénio verde, falamos de uma despesa e de um custo entre três a seis vezes superiores. Temos um longo caminho a percorrer para o tornar economicamente viável", afirmou Peter Ammann, Head para o Centro de Competência de Green H2 da Siemens, na sua comunicação "A Importância do Hidrogénio para a Europa", apresentada na conferência Electric Summit, dedicada ao tema "Energy Outlook 2025: The New Era of Power Politics", uma iniciativa do Negócios, da Sábado e da CMTV, em parceria com a Galp, a REN e a Siemens, contando com a EY como knowledge partner e com Oeiras como município anfitrião.
Peter Ammann sublinhou que, no domínio do hidrogénio na Europa, "estamos atrasados nos planos e, talvez, na realidade. Ouvimos falar muito da China e da América do Norte, que parecem estar ambas à frente do jogo".
As economias de escala poderão desenvolver-se à medida que o mercado tomar forma e os preços baixarem. "Serão necessárias infraestruturas, e já assistimos a investimentos nesse sentido, para permitir um mecanismo de mercado eficaz. No entanto, ao incluirmos a importação do hidrogénio de que necessitamos agora na Europa, entramos em novos riscos geopolíticos", admitiu. Referiu-se ainda aos novos casos de utilização. A indústria tem sido a principal utilizadora, representando cerca de 100 milhões de toneladas de hidrogénio por ano, e é possível misturar cerca de 10% de hidrogénio nas redes de gás atuais. Nos transportes, "a parte mais interessante são os camiões". Adiantou que "se compararmos hoje o custo total de propriedade dos camiões a gasóleo com os camiões a hidrogénio, estes são duas vezes mais caros. No entanto, o custo de manutenção é consideravelmente inferior, o tempo de vida útil é superior e, permite percorrer aproximadamente 800 quilómetros".