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A literacia financeira em jogo

O Jogo da Bolsa contou com mais de 1.200 inscrições, sendo um terço de estudantes universitários e provenientes de todo o país, embora Lisboa e Porto representem quase 50% dos concorrentes.

19 de Dezembro de 2022 às 14:00
Francisco Oliveira Fernandes, CEO do Banco Carregosa. Pedro Ferreira
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"Debater os mercados financeiros num ano que se revelou desafiante, diria mesmo, estatisticamente improvável, pela forte correlação que se verificou na evolução, negativa, das duas principais classes de ativos, as ações e as obrigações, é um grande desafio", referiu Francisco Oliveira Fernandes, CEO do Banco Carregosa, a propósito da 11.ª edição da Grande Conferência: O Futuro dos Mercados Financeiros, uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Banco Carregosa, no âmbito do Jogo da Bolsa.

O Jogo da Bolsa contou com mais de 1.200 inscrições, sendo um terço de estudantes universitários. "Apesar da forte concentração nas duas principais cidades do país, ligeiramente abaixo dos 50%, há concorrentes de todas as capitais de distrito e das regiões autónomas, atravessando mesmo as fronteiras nacionais ainda que de forma residual", afirmou Francisco Oliveira Fernandes. Esta iniciativa é encarada pelo Banco Carregosa como uma das suas principais ações de responsabilidade social no eixo da promoção da literacia financeira em Portugal.

Cripto e derivados

Numa análise aos investimentos dos concorrentes, Francisco Oliveira Fernandes salientou que "este ano se notou uma apetência grande sobre os derivados de criptomoedas, o que não sendo a primeira vez, foi o primeiro ano em que essa utilização foi mais notada, revelando que, apesar de toda a discussão sobre as criptomoedas que se faz e dos incidentes recentes, há um interesse crescente dos investidores por esta classe de ativos. Logo, os instrumentos derivados que os têm como subjacentes crescem em relevância para cumprirem as suas principais finalidades ou estratégias de atuação, especular, fazer cobertura de risco, e arbitragem".

Francisco Oliveira Fernandes considerou "curiosa" a exposição "superior à habitual a derivados sobre mercadorias, nomeadamente de crude e de gás natural, que, no contexto perturbador do conflito armado na Ucrânia, tem observado uma forte volatilidade dos preços".

Há mais de 20 anos que a ligação com o Saxo Bank permite que os clientes do Banco Carregosa acedam à plataforma de negociação eletrónica GoBulling. No âmbito do Jogo da Bolsa, é disponibilizada aos participantes em ambiente de simulação. "Este ambiente de simulação permite aos concorrentes aceder a uma sofisticada ferramenta de negociação multimercado, multiprodutos e multiplataforma com acesso ao serviço de apoio ao investidor do banco, serviço que recentemente foi premiado como o melhor apoio ao cliente de Portugal nos prémios Rankia 2022", disse Francisco Oliveira Fernandes.

Os oradores e o programa Celso Filipe, diretor adjunto do Jornal de Negócios, Francisco Oliveira Fernandes, CEO do Banco Carregosa, e João Leão, vice-reitor do ISCTE, fizeram a abertura da 11.ª edição da Grande Conferência: O Futuro dos Mercados Financeiros, uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Banco Carregosa no âmbito da iniciativa Jogo da Bolsa, que permite a simulação da negociação de instrumentos financeiros, em tempo real e de forma virtual.

Mário Carvalho Fernandes, CIO do Banco Carregosa foi o keynote com o tema "Perspetivas para os Mercados Financeiros". No debate "Principais Ameaças e Oportunidades Económico-Financeiras", participaram José Crespo de Carvalho, professor no ISCTE Business School, Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa, e Sofia Vale, vice-reitora do ISCTE Business School, tendo a moderação ficado a cargo de Leonor Mateus Ferreira, editora de Mercados do Jornal Negócios. A segunda mesa-redonda, "Tendências de Investimento", contou com Pedro Santos, private banking e sócio e CIO da True Magma AG, João Queiroz, head of Trading do Banco Carregosa, e Rui Alpalhão, professor associado convidado do ISCTE Business School. A conferência foi encerrada por Hélder Rosalino, administrador do Banco de Portugal.