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Powell deixa futuro em aberto. "Não estamos confiantes" de ter atingido o pico dos juros nos EUA
O presidente da Reserva Federal norte-americana garante que os decisores de política monetária norte-americana não tomaram qualquer decisão sobre o curso dos juros em dezembro.
As taxas de juro diretoras nos Estados Unidos estão em pausa desde julho, mas o presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana prefere deixar o futuro em aberto. Na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro desta quarta-feira, Jerome Powell garantiu que nada está decidido.
"Não estamos confiantes de que, neste momento, tenhamos chegado a essa posição. Não estamos confiantes de que não o tenhamos feito ou que o tenhamos feito", disse Powell. A posição a que se refere é de um aperto monetário suficientemente restritivo para fazer com que a inflação regresse à meta de 2%.
Desde março de 2022, a Fed subiu as taxas de juro 11 vezes num total de 500 pontos base. A última vez que o fez foi em julho, quando elevou o intervalo para 5,25% a 5,5% - o mais elevado em 22 anos. Nos dois encontros seguintes, em setembro e esta quarta-feira, decidiu não fazer mexidas, tal como era esperado pelo mercado.
Mas a inflação continua acima do objetivo. A variação homóloga do índice de preços no consumidor manteve-se inalterada em 3,7% em setembro, o mesmo valor registado em agosto. As estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg apontavam para uma descida para 3,6%.
E Powell admite que poderá ter de voltar a subir juros. A única garantia, neste momento, é que nada está decidido. "É assim que vamos entrar nas reuniões futuras para determinar o grau de aperto monetário adicional que será apropriado para fazer regressar a inflação a 2%".
Porque não subir já os juros? Devido às consequências que a estratégia tem para a economia e para as condições financeiras não só de famílias e empresas, mas do próprio Estado norte-americana, cuja "yield" das obrigações a 10 anos atingiu 5% nas últimas semanas.
"Obviamente, estamos a acompanhar e estamos atentos ao aumento das 'yields' a mais longo prazo, que contribuíram para uma maior restritividade das condições financeiras em geral desde o verão", afirmou Powell, acrescentando que "uma alteração persistente das condições financeiras mais alargadas pode ter implicações na trajetória da política monetária".
Em sentido contrário, o banqueiro central garante que cortar juros não está ainda nos pensamentos do grupo. "O comité não está a pensar em cortes nas taxas de juro neste momento. Continuamos muito concentrados na primeira questão, que é: será que conseguimos uma orientação da política monetária suficientemente restritiva para fazer descer a inflação para 2% ao longo do tempo de forma sustentável? É essa a questão em que nos estamos a concentrar".
"Não estamos confiantes de que, neste momento, tenhamos chegado a essa posição. Não estamos confiantes de que não o tenhamos feito ou que o tenhamos feito", disse Powell. A posição a que se refere é de um aperto monetário suficientemente restritivo para fazer com que a inflação regresse à meta de 2%.
Mas a inflação continua acima do objetivo. A variação homóloga do índice de preços no consumidor manteve-se inalterada em 3,7% em setembro, o mesmo valor registado em agosto. As estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg apontavam para uma descida para 3,6%.
E Powell admite que poderá ter de voltar a subir juros. A única garantia, neste momento, é que nada está decidido. "É assim que vamos entrar nas reuniões futuras para determinar o grau de aperto monetário adicional que será apropriado para fazer regressar a inflação a 2%".
Porque não subir já os juros? Devido às consequências que a estratégia tem para a economia e para as condições financeiras não só de famílias e empresas, mas do próprio Estado norte-americana, cuja "yield" das obrigações a 10 anos atingiu 5% nas últimas semanas.
"Obviamente, estamos a acompanhar e estamos atentos ao aumento das 'yields' a mais longo prazo, que contribuíram para uma maior restritividade das condições financeiras em geral desde o verão", afirmou Powell, acrescentando que "uma alteração persistente das condições financeiras mais alargadas pode ter implicações na trajetória da política monetária".
Em sentido contrário, o banqueiro central garante que cortar juros não está ainda nos pensamentos do grupo. "O comité não está a pensar em cortes nas taxas de juro neste momento. Continuamos muito concentrados na primeira questão, que é: será que conseguimos uma orientação da política monetária suficientemente restritiva para fazer descer a inflação para 2% ao longo do tempo de forma sustentável? É essa a questão em que nos estamos a concentrar".