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Pico das taxas de juro poderá ficar acima do esperado, admite Jerome Powell

O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, admitiu que espera agora que o pico das taxas de juro seja mais alto do que o esperado. Para o banco central o combate à inflação vai continuar a ser a prioridade e os investidores estão mesmo a apostar que o banco central volte a subir as taxas diretoras em 50 pontos base.

O presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell, reúne-se com os decisores de política monetária com pressão acrescida da inflação.
Reuters
07 de Março de 2023 às 16:10
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As taxas de juro elevadas vieram para ficar, pelo menos até a inflação norte-americana baixar. O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, garantiu esta terça-feira ao Comité dos Assuntos Financeiros do Senado dos EUA que o pico da taxa final provavelmente será maior do que era esperado. Os investidores apostam agora num aumento em 50 pontos base na reunião deste mês.


"Apesar de o comité ter baixado o ritmo dos aumentos das taxas de juro nas duas últimas reuniões, estamos preparados para aumentar novamente o ritmo se necessário", revelou Jerome Powell, acrescentando que espera que o pico da taxa diretora seja mais elevado do que se antecipava. 

A razão do endurecimento do tom prende-se com a inflação mais alta do que se estimava."As pressões inflacionistas continuam fortes e a inflação continua bem acima do objetivo de 2% [da Reserva Federal]", indicou.

Apesar de Jerome Powell ter noção de que a política monetária tem feito com que o crescimento da economia dos Estados Unidos desacelere, este evidencia a importância de um mercado saudável. "Apesar do abrandamento do crescimento, o mercado de trabalho permanece extremamente apertado", revela.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos ficou em 3,4% em janeiro, a mais baixa desde maio de 1969, o que poderá fomentar o consumo e fazer com que a inflação seja persistente. A somar estão os ganhos salariais nominais - que, apesar de terem "abrandado nos meses anteriores, permanecem acima do que é consistente com a meta de 2% da inflação, com as tendências atuais e produtividade" avisa. 

"Um forte crescimento salarial é bom para os trabalhadores, mas apenas se não for corroído pela inflação", garantiu.

De todas as maneiras, segundo o presidente da Reserva Federal, o objetivo do banco central continua a ser o de promover o pleno emprego e conter o aumento dos preços. Contudo, "sem estabilidade de preços, não alcançaremos um período sustentado de condições do mercado de trabalho que beneficie todos", rematou. 

(Notícia atualizada às 16:48)

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