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Powell volta a endurecer tom e Wall Street cai

As principais bolsas dos Estados Unidos terminaram o dia no vermelho, após o presidente da Reserva Federal norte-americana ter referido que estão para vir mais subidas das taxas de juro e que a a taxa final será superior ao esperado.

Jerome Powell admitiu a possibilidade uma política monetária (ainda) mais agressiva que pode provocar “dor” na economia. A Reserva Federal (Fed) norte-americana reúne-se em junho.
Tom Williams/Pool via Reuters
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Os índices norte-americanos terminaram o dia em terreno negativo, depois de o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, ter ido ao Senado afirmar que a taxa de juro de referência da Fed pode ficar mais elevada do que a anterior estimativa para o seu pico. Powell explicou que o facto de a inflação e o emprego continuarem robustos e elevados leva a que seja necessário prosseguir com o ciclo de aperto da política monetária.

O "benchmark" S&P 500 perdeu 1,53% para 3.986,44 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite caiu 1,25% para 11.530,33 pontos e o industrial Dow Jones desvalorizou 1,72% para 32.856,86 pontos.

Entre os principais movimentos de mercado, a Rivian tombou 14,54%, depois de a empresa de carros elétricos ter anunciado planos para vender 1,3 mil milhões de dólares em obrigações.

Os bancos também estiveram entre as quedas, com os investidores a analisarem a possibilidade de um endurecimento da política monetária poder levar a economia dos Estados Unidos a uma recessão. O Wells Fargo perdeu 4,68%, ao passo que o Bank of America, Goldman Sachs and JPMorgan rondaram quedas de 3%.

Com as palavras do presidente da Fed, a projeção média dos juros diretores de referência dos governadores do banco central norte-americano, que era de 5,1%, está agora a ser revista em alta pelo mercado para 5,4% no final do ano. Os investidores apontam assim para um incremento de 50 pontos base na reunião de política monetária dos dias 21 e 22 de março.

"Na reunião de fevereiro, a Fed regressou a uma subida de 25 pontos base, mas o testemunho de Jerome Powell mostra que a opinião mudou novamente - com a robustez dos dados a sugerirem a necessidade de uma taxa de juro final mais elevada, deixando depreender uma aceleração no aumento dos juros diretores", explicou numa nota o economista do ING James Knightley.
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