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Novas descidas de juros do BCE parecem cada vez mais próximas

O presidente do BCE já reiterou que está disponível para actuar de forma a proteger a estabilidade da Zona Euro. E os cenários de mais medidas começam a adensar-se, com alguns membros da autoridade monetária a tomarem posições. Nova descida de juros está no horizonte, sendo que o corte da taxa dos depósitos também está em cima da mesa.

Bloomberg
25 de Novembro de 2013 às 14:35
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Depois de Christian Noyer ter admitido uma nova descida de juros por parte do BCE, surge o presidente do Banco Central da Estónia que vai mais longe e fala mesmo em descida da taxa de juro dos depósitos, reforçando assim a ideia de que já corre no mercado.

 

“As opções sobre as taxas de juro ainda não estão completamente esgotadas e há muitas outras medidas que ainda estão em cima da mesa”, afirmou Ardo Hansson numa entrevista à Bloomberg, concedida na sexta-feira, 22 de Novembro. O responsável admitiu que o kit de medidas existente pode ser usado a qualquer momento.

 

“Estamos tecnicamente preparados” para reduzir a taxa de juro dos depósitos. E ainda que, por regra, o BCE altere as taxas de juro em 25 pontos base, seja para subir ou para descer, é possível que esta política seja alterada.

 

A taxa de juro de referência do BCE está acualmente em 0,25%, depois do corte de 25 pontos base na reunião deste mês. A taxa de juro dos depósitos está em 0%.

 

Na semana passada, a Bloomberg noticiou que o BCE estava a preparar-se para reduzir a taxa de juro dos depósitos para -0,1%, citando fontes não identificadas próximas do assunto. Hansson admite que este possa ser um cenário. “Teoricamente um corte mais pequeno [do que os 0,25 pontos] não estará fora da mesa”, contudo, “quanto maior o movimento, mais impacto terá”.

 

Hansson alerta que esta abordagem comporta riscos, nomeadamente para o sector bancário.

 

Caso avance com esta medida, colocando a taxa de juro dos depósitos num valor negativo, o BCE está a exigir que os bancos que optam por guardar o dinheiro junto da autoridade paguem uma taxa por isso, em vez de receberem ou, como actualmente, não receberem mas também não pagarem.

 

Reduzir a taxa dos depósitos “pode certamente comprimir as margens dos bancos”. Isto porque as instituições poderão não ser capazes de reflectir nos depósitos que oferecem o “preço” do juro cobrado pelo BCE.

 

Ainda esta segunda-feira, 25 de Novembro, Christian Noyer, Governador do Banco de França e membro do Conselho do BCE, disse acreditar que a autoridade monetária da Zona Euro vai manter a taxa de juro de referência num nível baixo. Noyer assume mesmo que o BCE pode voltar a cortar a taxa de juro para evitar que a Zona Euro entre em deflação, ainda que este risco esteja limitado.

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