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Medina: "Não podemos compensar a totalidade" dos juros do BCE

O ministro das Finanças defendeu que as medidas de congelamento da prestação trazem "segurança" perante a "angústia" que são as subidas de juros. Ainda assim, admite que não consegue "compensar a totalidade da política monetária".

Fernando Medina, ministro das Finanças
Pedro Catarino
22 de Setembro de 2023 às 13:15
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A subida das taxas de juro e o aumento da prestação da casa têm levado as famílias a uma situação de "angústia" e as medidas apresentadas esta quinta-feira pelo Executivo têm como objetivo dar "tranquilidade", "estabilidade" e "segurança" aos mutuários. Foram estas as palavras usadas por Fernando Medina numa conferência de imprensa esta sexta-feira.

No entanto, o ministro das Finanças admitiu que não é possível anular totalmente o efeito das decisões tomadas pelo Banco Central Europeu desde julho de 2022.

"Não podemos compensar a totalidade da política monetária", afirmou, quando questionado sobre o comentário do Presidente da República, que apelidou como "folgazinha importante" a medida anunciada.

Medina ressalvou a importância do congelamento da prestação, bem como do alargamento da bonificação dos juros, sendo que "a primeira dá estabilidade" e juntas dão uma "diminuição significativa da prestação".

O governante indicou ainda que, em caso de as duas medidas serem aplicadas em simultâneo, a redução dos encargos mensais com a casa pode chegar aos 25%. "Os dois mecanismos são cumulativos", sublinhou.
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