A ETSA, participada da Semapa para a área do ambiente, adquiriu 100% do capital do grupo Barna ao fundo de investimento Corpfin Capital e a um conjunto de acionistas minoritários.

Num comunicado conjunto, as duas empresas salientam que esta operação – sobre a qual não adiantam valores – "vem permitir, tanto ao grupo ETSA como ao grupo Barna, a expansão das suas áreas de negócio em total sintonia com os princípios da sustentabilidade e da economia circular".

O grupo Barna está sediado em Mundaka no País Basco  e produz proteínas e óleos provenientes da recolha e da transformação de produtos de origem marinha destinados sobretudo ao setor de alimentação animal.

Citada na mesma nota, a comissão executiva da ETSA, liderada por Afonso Lobato de Faria (na foto) considera que "esta é uma excelente oportunidade para o crescimento de ambos os grupos".

Como explica, "a circularidade que define o negócio do grupo Barna e a sua estrutura industrial – onde se destacam a vasta cobertura geográfica e a qualificação dos seus recursos humanos – foram fatores determinantes para a aposta do grupo ETSA nesta importante aquisição".

Com atividade desde 1961, a Barna abriu a sua primeira fábrica para escoar os excedentes de pescas e os subprodutos gerados pela indústria pesqueira, contribuindo para a redução do impacto deste setor e, ao mesmo tempo, favorecendo a sustentabilidade dos recursos marinhos, é referido ainda na nota divulgada.

Atualmente o grupo conta com mais de 120 trabalhadores e duas fábricas, uma em Mundaka, no País Basco, e outra perto de Tarifa, na Andaluzia, a partir das quais são processadas mais de 50 mil toneladas de subprodutos de peixe por ano.

"Com origens na produção de farinhas e óleos de peixe tradicionais, o grupo Barna ampliou a sua oferta comercial com a produção e comercialização de hidrolisados de proteína de origem marinha, produtos com muito maior valor nutricional, algo que se integra totalmente na estratégia seguida também pelo grupo ETSA de procurar cada vez mais aumentar o valor aportado aos ingredientes por si produzidos e comercializados", é referido no comunicado.

Com atividade no setor da reciclagem do setor alimentar, a ETSA, detida pela Semapa, tem vindo a apostar em produtos de cariz sustentável como ingredientes para "petfood", fertilizantes ou biocombustíveis. "Esta aquisição é mais um passo na expansão e diversificação das suas áreas de negócio, permitindo abordar novos mercados tanto a nível geográfico, como de origem de matéria-prima ou de destinos do produto final", conclui.