Os juros da dívida pública portuguesa continuam em alta no mercado secundário. Uma tendência que se verifica há algumas sessões. Embora na sexta-feira, os países periféricos tenham aliviado dos ganhos, quinta-feira, dia 15 de Maio, os juros da dívida de Portugal, bem como, de países como Espanha e Itália, registaram subidas em torno dos 20 pontos base na sequência de uma eventual nova crise política na Grécia.

Uma sondagem para as eleições europeias mostra que os partidos que apoiam o Governo na Grécia estão a perder o apoio popular. Dado que os partidos que apoiam o Executivo ocupam 152 lugares e a oposição ocupa 150, qualquer alteração mínima pode determinar uma nova

Um cenário de uma nova crise política em Atenas penalizou sexta-feira quer as bolsas quer a dívida pública de países periféricos como Portugal.

Nesta sessão, as "yields" da dívida pública portuguesa continuam a ser penalizadas nos países periféricos. A dois anos sobem 2,3 pontos base para 1,388%. A cinco anos, os juros avançam 8,4 pontos base para 2,668%, de acordo com as taxas genéricas da Bloomberg. E a dez, as taxas de juro exigidas pelos investidores para trocarem dívida entre si sobem 5,7 pontos base para 3,798%.

O risco de Portugal, que é calculado através da diferença entre a taxa que os investidores exigem para transaccionarem dívida a dez anos de Portugal e da Alemanha está também a subir, situando-se nos 244,2 pontos base.

Também os juros de Espanha e de Itália estão em alta em todos os prazos. A dois anos, as taxas de juro de Espanha sobem 5,9 pontos base para 0,813%. De acordo com as taxas genéricas da Bloomberg, a cinco anos as "yield’s" avançam 10 pontos base para 1,689% e a dez anos os juros somam 8,9 pontos base para 3,043%.

No caso de Itália, os juros a dois anos sobem 8,4 pontos base para 0,924%, a cinco anos ganham 12,8 pontos base para 1,877% e a dez anos avançam 13,5 pontos base para 3,199%.