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Investimento em certificados acelera para máximos de um ano

Os portugueses aplicaram mais de 300 milhões de euros em títulos de dívida pública destinados ao retalho, em Janeiro. O valor investido é o mais elevado desde o recorde em Janeiro de 2015.

22 de Fevereiro de 2016 às 12:43
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Os certificados estão a atrair cada vez mais dinheiro. Em conjunto, os Certificados de Aforro e os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) atraíram mais de 300 milhões de euros no primeiro mês deste ano, o valor mais elevado desde o recorde alcançado no mesmo mês do ano passado. Os CTPM, que vão passar a ser sorteados na Factura da Sorte, continuam a ser os preferidos.


Enquanto os Certificados de Aforro conseguiram arrecadar, em termos líquidos, 35 milhões de euros durante o mês de Janeiro, os CTPM registaram subscrições no valor de 275 milhões de euros, de acordo com os dados do Boletim Estatístico do Banco de Portugal. Em conjunto, captaram 310 milhões. Em Janeiro de 2015, antes do corte nas taxas, tinham captado 1.942 milhões.


O aumento nas subscrições em Janeiro marca um acelerar da tendência registada já no final do ano passado. É que se depois do corte das taxas em Fevereiro de 2015 as subscrições afundaram, com a descida dos juros pagos pela banca começou a registar-se um regresso dos aforradores. A taxa média dos depósitos está em 0,6%, enquanto os Certificados de Aforro pagam 0,853% e os CTPM têm uma taxa de 2,25%, em média.

Meio caminho


O valor captado pelos Certificados de Aforro é bastante inferior ao registado no caso dos CTPM, mas está bem acima do previsto pelo Estado. Na proposta de Orçamento do Estado para este ano, o Executivo assume a obtenção líquida de apenas 60 milhões de euros através destes títulos de aforro que apresentam uma taxa cada vez menos atractiva fruto da queda das Euribor.


Já no caso dos CTPM, no Orçamento do Estado está prevista a captação de 1,64 mil milhões de euros, uma quebra face aos 2,88 mil milhões em 2015. Em Janeiro já captou 275 milhões, ou 16%, sendo que o Governo conta com a Factura da Sorte para o ajudar a atingir o objectivo.


Adeus aos Audi


"A natureza do prémio até agora utilizado – um veículo automóvel - não era a mais adequada", diz o Governo, criticando a oferta dos Audi. Por isso, decidiu trocá-lo "para títulos de dívida destinados à poupança, emitidos pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP)", especificamente para CTPM.


"Os prémios atribuídos passam a ser constituídos por CTPM, com valor equivalente ao prémio anterior", ou seja, em torno dos 40 mil euros (o Estado gasta cerca de 10 milhões de euros por ano). Este será o prémio a atribuir semanalmente a partir de Abril.

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