O IGCP está confiante de que, apesar da crise política que afectou as expectativas de um regresso ao mercado de dívida, será possível emitir dívida ainda este ano. O “timing” será após Portugal passar no próximo exame da troika ao programa de ajustamento português.

A agência de gestão de dívida quer aproveitar para emitir dívida assim que o mercado o permitir, não porque o Estado precise de fundos para se financiar, mas para ir preparando o pós-troika.

Nos primeiros cinco meses do ano Portugal realizou duas operações de emissão de dívida e longo prazo, uma em Janeiro e a seguinte em Maio, tendo conseguido financiar-se em 5,5 mil milhões de euros. Contudo, estas emissões custaram ao Estado 8,3 milhões de euros em comissões pagas à banca, de acordo com as respostas de João Moreira Rato, o presidente do IGCP, a umas questões colocadas pelo deputado Pedro Filipe Soares, deputado do Bloco de Esquerda, a que o Negócios teve acesso.