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Fitch admite melhorar "rating" de Portugal

A agência de “rating” admite melhorar os ratings soberanos da periferia da Zona Euro num cenário benigno de recuperação económica e de queda dos rácios de dívida.

06 de Maio de 2014 às 11:36
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A agência Fitch admite melhorar a classificação da dívida soberana portuguesa. Num comunicado presente na sua página na internet, a agência defende que “alguma recuperação dos 'ratings' da periferia da Zona Euro é possível num cenário benigno de recuperação económica e de declínio dos rácios de dívida”. 

 

No entanto, o comunicado salvaguarda que a “agência está, em geral, cautelosa em relação à perspectiva de médio-prazo para a Zona Euro dado que muitos países enfrentam um longo período de convalescença e [há] riscos de reincidência”. 

 

Para a Fitch, Irlanda, Portugal e Espanha são os países da periferia com maior probabilidade de verem o seu "rating" melhorado "em vários níveis" no médio prazo. 

 

“A Fitch acredita que a Irlanda, Portugal e Espanha têm o maior potencial de médio prazo, num cenário favorável, para uma recuperação de vários níveis [da sua notação] dado que os seus ‘ratings’ caíram mais durante a crise (7-8 níveis) do que o da Itália e da Eslovénia (4-5 níveis). E [estes dois países] sofreram danos menos severos e estão menos expostos aos riscos negativos do que o Chipre e a Grécia”, salienta o documento datado desta quarta-feira, 6 de Maio.

 

No passado dia 14 de Abril, esta instituição revelava que ia esperar por Outubro – a próxima data pré-agendada junto de Bruxelas – para se pronunciar novamente sobre o "rating" de Portugal. "A menos que surja algum acontecimento inesperado, não nos desviaremos" da data de 10 de Outubro, disse na altura a Fitch. 

  

“Não prevemos [mais] nenhuma reconquista dos ‘ratings’ para níveis anteriores aos da crise de [outras] soberanias da periferia da Zona Euro num futuro próximo. Isto reflecte não apenas a longa e difícil trajectória de ajustamento que se segue mas também o legado da crise”, acrescenta.

 

A Fitch, no documento publicado esta terça-feira, e ainda antes de se pronunciar sobre Portugal, Irlanda e Espanha, destaca que cortar os défices orçamentais e reduzir os rácios de dívida pública “vão ser o principal impulsionador para melhorias de ‘rating’”. “Mesmo com condições económicas favoráveis e uma disciplina forte de política orçamental” esta consolidação “vai ser desafiante”. 

 
Analistas esperam que Moody’s e S&P melhorem "rating" de Portugal na sexta-feira

A Moody’s e a Standard & Poor’s vão actualizar o “rating” de Portugal na próxima sexta-feira e os analistas consultados pela Bloomberg aguardam notícias positivas, embora a notação financeira persista no nível de lixo.  
 
As expectativas do Commerzbank e do Royal Bank of Scotland apontam para que a Moody’s opte por elevar a notação financeira em um nível, de Ba3, para Ba2. Os mesmos bancos de investimento, de acordo com a Bloomberg, esperam que no mesmo dia a Standard & Poor’s altere a perspectiva da notação financeira de “negativa” para “positiva”, replicando o movimento da Fitch do mês passado.
 
Esta poderá ser mais uma notícia com reflexo positivo na dívida pública portuguesa, depois do Governo ter este domingo anunciado que optou por não solicitar um programa cautelar para o pós-troika.  

(Notícia actualizada às 12h10)

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