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Crédito malparado diminui para mínimos de Julho

Os bancos viram o valor de crédito malparado diminuir, em Dezembro, para valores idênticos aos observados em Julho de 2013, num mês em que se registou uma descida quer nos incobráveis das famílias quer das empresas.

Paulo Duarte/Negócios
11 de Fevereiro de 2014 às 12:26
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No total os bancos terminaram 2013 com 16,79 mil milhões de euros de crédito malparado, o que corresponde a 7,38% do total dos financiamentos concedidos pela banca (227,4 mil milhões de euros), de acordo com os dados provisórios divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

 

A contribuir para esta descida esteve a redução do volume de cobranças duvidosas, num período que também foi marcado pela queda dos saldos dos financiamentos. De referir que, por regra, os bancos tendem em vender algumas carteiras de crédito no final dos trimestres.

 

Mas esta queda do malparado foi transversal. Famílias e empresas registaram reduções do malparado, ao mesmo tempo que amortizaram dívidas.

 

Assim, nos empréstimos à habitação, registou-se uma descida do peso do malparado de 2,28%, em Novembro, para 2,27% no último mês do ano. Este rácio é o mais baixo desde Outubro do ano passado.

 

Já no segmento de crédito ao consumo, os incobráveis diminuíram para 11,66% do total do financiamento concedido, o que representa um mínimo desde Novembro de 2012.

 

Nos financiamentos para outros fins, onde se inclui a educação, energia e trabalhadores por conta própria, o malparado desceu para 12,63%, o que é o nível mais baixo desde Junho de 2013.

 

No total, as cobranças duvidosas das famílias diminuíram para 5,1 mil milhões de euros, ou 3,98% do total de financiamentos existente.

 

Já entre as empresas os incobráveis diminuíram para 11,69 mil milhões de euros, o que corresponde a 11,77% do total dos empréstimos realizados. Este é o nível mais baixo desde Agosto.

 

O crédito malparado tem vindo a aumentar em Portugal, com as empresas e as famílias a demonstrarem maiores dificuldades em cumprirem com as suas obrigações perante a banca, num período marcado pelo desemprego elevado e pela redução de rendimentos.

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