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BCE mantém taxa de juro em 0,15%

O Conselho de Governadores do BCE decidiu, sem surpresas, manter a taxa de juro de referência da Zona Euro no mínimo histórico de 0,15%. A atenção dos investidores vira-se agora para a conferência de imprensa de Mario Draghi agendada para as 13h30.

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ECB Keeps Rates Unchanged
03 de Julho de 2014 às 12:45
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Os economistas não antecipavam que Mario Draghi anunciasse esta quinta-feira novas medidas de combate à inflação baixa e à escassez de crédito, depois do "cocktail" apresentado no início de Junho. E estavam certos. Tal como era esperado, o Banco Central Europeu manteve a taxa de juro de referência do euro nos 0,15% e a taxa negativa dos depósitos, decisões tomadas na reunião de 5 de Junho.

 

"As decisões do BCE de cortar a taxa de juro, introduzir uma taxa negativa nos depósitos e anunciar novos empréstimos baratos – localizados – aliviaram um pouco a pressão para mais medidas no imediato", nota Christian Schulz, economista do Berenberg Bank. Assim, "o BCE deverá manter a linguagem acomodatícia e, possivelmente, dar mais detalhes sobre as medidas anunciadas em Junho", acrescenta o especialista.

 

Mas há muito que ficou por explicar no que diz respeito ao alcance e à metodologia de medidas como as injecções de liquidez que se avizinham. É isso que os investidores esperam que Draghi explique na conferência de imprensa desta tarde.

 

Desde as decisões anunciadas há cerca de um mês, as taxas interbancárias como a Euribor aprofundaram as quedas e os "spreads" da dívida dos países da chamada "periferia" convergiram face à referência da dívida alemã. Além disso, o euro afastou-se dos máximos tocados na Primavera perto dos 1,40 dólares – a moeda única estabilizou na casa dos 1,36 dólares.

 

O mercado reagiu com optimismo moderado às novas medidas do BCE, mas "faltam ainda detalhes importantes", afirma Christian Schulz, destacando os empréstimos de longo prazo (LTRO, na sigla original), que desta vez serão concebidos para estimular o crédito à economia. "Se o BCE indicar que será generoso [na amplitude da sua actuação nestes empréstimos] isso poderá ser um factor impulsionador do optimismo dos mercados", acredita.

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