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S&P mantém "rating" da Grécia devido a avanço nas reformas

A agência de notação financeira manteve a classificação da dívida soberana da Grécia no sexto nível de "lixo", com a justificação de que o governo helénico está a conseguir cumprir os termos do programa de assistência financeira.

33 Grécia
22 de Julho de 2016 às 17:50
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Esta sexta-feira, 22 de Julho, a agência Standard & Poor’s manteve a notação da dívida soberana de longo prazo da Grécia e também a perspectiva para a sua evolução ("outlook") – que continua assim num patamar considerado "estável".

 

Segundo a S&P, este reiterar do "rating" reflecte a sua avaliação de que o governo grego está a cumprir os "termos formais do seu programa de assistência financeira de 86 mil milhões de euros, se bem que com alguns atrasos".

 
A agência tinha referido em Janeiro, quando subiu a notação grega, que poderia voltar a elevar a sua classificação. No entanto, no relatório hoje divulgado, refere que as reformas estruturais têm sido realizadas a conta-gotas, além de que a economia continua frágil e os bancos com problemas.

Ainda assim, a manutenção da perspectiva "estável" reflecte, segundo a S&P, a opinião de que os riscos ao "rating" de B- estão equilibrados nos próximos 12 meses.

 

A agência estima que no final do ano a dívida pública grega ascenda a 179% do PIB e prevê que o crescimento real do PIB seja de 2,75/ em 2018 e 2019.

A S&P subiu o "rating" da Grécia no passado dia 22 de Janeiro, de CCC+ para B- [ou seja, do sétimo para o sexto nível do chamado "lixo", a que corresponde a categoria especulativa], devido à evolução positiva do processo de reformas empreendidas pelo governo grego, com a economia do país a dar sinais de uma maior resiliência face ao inicialmente previsto.

Na madrugada de 25 de Maio, depois de uma reunião de 11 horas, o Eurogrupo chegou a acordo para validar a entrega de 10,3 mil milhões de euros à Grécia, após a aprovação de recentes reformas económicas no país. Os ministros das Finanças da Zona Euro sublinharam que a segunda tranche a atribuir à Grécia – no âmbito do programa do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) –, no valor de 10,3 mil milhões de euros, seria transferida faseadamente, com uma primeira parcela de 7,5 mil milhões de euros em Junho para o país poder cobrir as necessidades do serviço da dívida e assumir despesas de primeira necessidade durante o Verão.

 

Os subsequentes desembolsos serão realizados após o Verão, acrescentou o documento, salientando que estarão sujeitos ao cumprimento de objectivos por parte do Governo de Alexis Tsipras, relacionados, nomeadamente, com as privatizações, "governance" da banca e sector energético.

 

Nesse mesmo dia, o Fundo Monetário Internacional sinalizou que deverá participar neste terceiro programa de resgate, após o Verão. O organismo liderado por Christine Lagarde disse aceitar que "o grosso da sustentabilidade da dívida grega" não fosse abordado de forma imediata, como era seu desejo – manifestado desde o acordo de Julho de 2015 para Atenas –, tendo permitido a sua prorrogação para 2018.

 

(notícia actualizada às 18:05)

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