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REN avança com recompra de dívida

A empresa liderada por Rodrigo Costa propõe-se a recomprar até 300 milhões de euros em obrigações. Uma operação que tem como objectivo final poupar na factura com os juros.

O Haitong avalia as acções da REN em 3,20 euros, o que implica um potencial de valorização 20%. A recomendação é de comprar.

A empresa que gere a rede energética em Portugal continua a transaccionar em bolsa a desconto face às suas congéneres, refere o Haitong, que destaca a avaliação “atractiva” da REN, que paga um “dividendo seguro”.

O banco de investimento assinala que o desconto da REN face às congéneres alargou-se em 2014 e permanece perto de máximos históricos ao nível do rácio EV/EBITDA. O Haitong  destaca que está prestes a chegar à maturidade uma obrigação com custos elevados, pelo que a descida dos custos financeiros deverá contribuir para um crescimento acima de 10% nos lucros em 2017. “Actualmente, o maior risco que vemos na REN é o alargamento da taxa extraordinária sobre os activos energéticos”, refere o “research”.
Miguel Baltazar
16 de Maio de 2016 às 11:16
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A REN anunciou esta segunda-feira, 16 de Maio, que irá avançar com a recompra de duas linhas de obrigações da empresa. Em causa estão títulos com vencimento em 2018 e 2020, cujo montante no mercado ascende, actualmente, a 700 milhões de euros. Com a justificação de que tem por base a gestão da dívida da empresa, esta revela que investirá, no entanto, apenas 300 milhões na operação.

"A REN vem, pelo presente, informar o mercado e o público em geral que mandatou a Société Générale para convidar os detentores das obrigações seguidamente identificadas, emitidas ao abrigo do € 5,000,000,000 Euro Medium Term Note Programme, a trocá-las por dinheiro", revelou a REN em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. A cotada nacional acrescenta ainda que a recompra de títulos está limitada a investidores qualificados e que, no máximo, investirá 300 milhões de euros na operação.

Em causa estão obrigações com maturidades em 2018 e 2020 e com taxas de cupão de, respectivamente, 4,125% e 4,75%. Valores que estão significativamente acima das taxas de juro que os títulos registam actualmente no mercado. A "yield" das obrigações que vencem em 2018 está a cair esta segunda-feira 18,6 pontos base para 1,94%, ao passo que a taxa de juro dos títulos mais longos cai 13,5 pontos para 0,989%.

Condições financeiras atractivas que justificam a operação da empresa liderada por Rodrigo Costa (na foto). A empresa explica apenas em comunicado que "a operação enquadra-se no âmbito da gestão das responsabilidades e estrutura de capital do grupo REN". Uma gestão activa da dívida, que tem como objectivo final poupar na factura com os juros.


(Notícia actualizada às 12:50, suprimindo o último parágrafo sobre a emissão de dívida, por esta não se verificar)

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