Notícia
Portugal emite mil milhões em dívida a nove anos com juro de 3,2%
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP fez esta quarta-feira a primeira emissão de dívida a longo prazo. A procura pela dívida do Estado foi 2,34 vezes superior à oferta.
08 de Fevereiro de 2023 às 11:23
Portugal emitiu mil milhões de euros em dívida a longo prazo, com maturidade em julho de 2032, com uma taxa de juro de 3,172%, inferior à do anterior leilão comparável realizado em outubro, à medida que os prémios de risco da dívida soberana europeia se começam a estabilizar. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) esteve esta quarta-feira no mercado para a primeira emissão de dívida a longo prazo.
A emissão de Obrigações do Tesouro (OT) tem maturidade de nove anos (16 de julho de 2032) e a procura foi 2,34 vezes mais do que a oferta, atingindo 2.335 milhões de euros.
Segundo o diretor de investimentos do Banco Carregosa Filipe Silva esta queda da significa que "os prémios de risco da dívida soberana europeia encontram-se numa fase de estabilização". Isto porque a subida das taxas de juro em 50 pontos base da última reunião e da próxima por parte do Banco Central Europeu "já está descontada nos níveis atuais das taxas de juro que Portugal paga para se financiar", revela.
Além disso, Filipe Silva vê com bons olhos a queda do "spread" da dívida portuguesa, mas avisa que ainda temos que olhar para a inflação, que será "determinante para sabermos até onde irão as subidas de taxas de juro".
Já neste ano, em 5 de janeiro, Portugal colocou na primeira venda sindicada 3.000 milhões de euros em Obrigações do Tesouro com vencimento em 18 de junho de 2038 (cerca de 15 anos) à taxa de juro de 3,689%, de acordo com o IGCP. A procura superou 17.900 milhões de euros, quase 5,9 vezes o montante colocado.
A emissão de Obrigações do Tesouro (OT) tem maturidade de nove anos (16 de julho de 2032) e a procura foi 2,34 vezes mais do que a oferta, atingindo 2.335 milhões de euros.
Na última linha comparável de OT com uma maturidade a nove anos, emitida do dia 12 de outubro de 2022, Portugal colocou 651 milhões de euros, com um cupão mais alto de 3,230%. Neste leilão, a procura atingiu 1.166 milhões de euros, 1,79 vezes o montante colocado.
Segundo o diretor de investimentos do Banco Carregosa Filipe Silva esta queda da significa que "os prémios de risco da dívida soberana europeia encontram-se numa fase de estabilização". Isto porque a subida das taxas de juro em 50 pontos base da última reunião e da próxima por parte do Banco Central Europeu "já está descontada nos níveis atuais das taxas de juro que Portugal paga para se financiar", revela.
Além disso, Filipe Silva vê com bons olhos a queda do "spread" da dívida portuguesa, mas avisa que ainda temos que olhar para a inflação, que será "determinante para sabermos até onde irão as subidas de taxas de juro".
Já neste ano, em 5 de janeiro, Portugal colocou na primeira venda sindicada 3.000 milhões de euros em Obrigações do Tesouro com vencimento em 18 de junho de 2038 (cerca de 15 anos) à taxa de juro de 3,689%, de acordo com o IGCP. A procura superou 17.900 milhões de euros, quase 5,9 vezes o montante colocado.