Notícia
Portugal emite dívida de curto prazo a taxas ainda mais negativas
Portugal emitiu dívida a seis e a doze meses, tendo-se financiado em 1,5 mil milhões de euros, num duplo leilão. A procura diminuiu.
Esta quarta-feira, 17 de julho, o IGCP foi ao mercado a realizar um duplo leilão de dívida de curto prazo, tendo angariado 1,5 mil milhões de euros. Portugal conseguiu taxas ainda mais negativas a seis e a doze meses, mas a procura diminuiu face ao leilão anterior comparável.
A doze meses, a agência que gere a dívida pública emitiu mil milhões de euros com um juro de -0,43%, o que representa uma taxa mais negativa face ao último leilão igual. A procura foi 1,64 vezes superior à oferta, segundo os dados da Bloomberg.
Já a seis meses, a entidade liderada por Cristina Casalinho (na foto) emitiu 500 milhões de euros com um juro de -0,454%, o que também representa uma taxa mais negativa face ao último leilão igual. A procura foi 1,94 vezes superior à oferta, segundo os dados da Bloomberg.
Na última vez que fez uma emissão semelhante, o IGCP conseguiu colocar mil milhões de euros a um ano com um juro de -0,37%, tendo a procura sido 2,29 vezes superior à oferta, e 500 milhões de euros a seis meses com um juro de -0,396%, tendo a procura sido 2,62 vezes superior à oferta.
"Voltamos a estabelecer um mínimo histórico em ambos os leilões, numa altura em que temos assistido a descidas globalizadas em toda a dívida soberana Europeia", começa por referir o diretor de gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva, numa análise ao leilão.
"No seu último discurso, Mario Draghi reiterou que as taxas iriam manter-se nos níveis atuais pelo menos até ao primeiro trimestre de 2020. O BCE ainda continua a desempenhar um papel muito importante no mercado de dívida tendo sido o responsável pelos níveis atuais de taxas de juro e para já esta intervenção será para continuar", antecipa Filipe Silva.
Na semana passada, o IGCP foi ao mercado emitir obrigações do Tesouro a 10 anos e conseguiu a taxa mais mais de sempre (0,51%). Nesse altura, no mercado secundário, os juros a dez anos da dívida portuguesa chegaram a negociar abaixo dos 0,3%. Entretanto, a "yield" tem vindo a subir, chegou a estar no patamar dos 0,6% mas voltou aos 0,5%.
No terceiro trimestre, o instituto prevê emitir obrigações do Tesouro e realizar três duplos leilões de bilhetes do Tesouro até um total de quatro mil milhões de euros.
(Notícia atualizada às 11h41 com as declarações de Filipe Silva)
A doze meses, a agência que gere a dívida pública emitiu mil milhões de euros com um juro de -0,43%, o que representa uma taxa mais negativa face ao último leilão igual. A procura foi 1,64 vezes superior à oferta, segundo os dados da Bloomberg.
Já a seis meses, a entidade liderada por Cristina Casalinho (na foto) emitiu 500 milhões de euros com um juro de -0,454%, o que também representa uma taxa mais negativa face ao último leilão igual. A procura foi 1,94 vezes superior à oferta, segundo os dados da Bloomberg.
"Voltamos a estabelecer um mínimo histórico em ambos os leilões, numa altura em que temos assistido a descidas globalizadas em toda a dívida soberana Europeia", começa por referir o diretor de gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva, numa análise ao leilão.
"No seu último discurso, Mario Draghi reiterou que as taxas iriam manter-se nos níveis atuais pelo menos até ao primeiro trimestre de 2020. O BCE ainda continua a desempenhar um papel muito importante no mercado de dívida tendo sido o responsável pelos níveis atuais de taxas de juro e para já esta intervenção será para continuar", antecipa Filipe Silva.
Na semana passada, o IGCP foi ao mercado emitir obrigações do Tesouro a 10 anos e conseguiu a taxa mais mais de sempre (0,51%). Nesse altura, no mercado secundário, os juros a dez anos da dívida portuguesa chegaram a negociar abaixo dos 0,3%. Entretanto, a "yield" tem vindo a subir, chegou a estar no patamar dos 0,6% mas voltou aos 0,5%.
No terceiro trimestre, o instituto prevê emitir obrigações do Tesouro e realizar três duplos leilões de bilhetes do Tesouro até um total de quatro mil milhões de euros.
(Notícia atualizada às 11h41 com as declarações de Filipe Silva)