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Portugal com taxas negativas para vender dívida mas menos favoráveis do que em Agosto

Portugal obteve condições menos favoráveis para a colocação de dívida de curto prazo no leilão de bilhetes do Tesouro que teve lugar esta quarta-feira, 17 de Outubro. As taxas continuaram negativas, mas menos negativas do que na última operação comparável.

Pedro Elias
17 de Outubro de 2018 às 10:48
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Portugal obteve condições menos favoráveis para a colocação de dívida de curto prazo no leilão de bilhetes do Tesouro que teve lugar esta quarta-feira, 17 de Outubro. As taxas continuaram negativas, mas menos negativas do que na última operação comparável. Foi o esforço feito para conseguir colocar o montante máximo pretendido, 1.250 milhões de euros. 

De acordo com os dados divulgados pela agência Bloomberg, a colocação de dívida com vencimento em Setembro de 2019 (11 meses) foi a uma taxa implícita média de -0,260%, menos negativa do que a "yield" de -0,291% na última operação comparável, realizada em Agosto.

 

Já na emissão de bilhetes do Tesouro com maturidade em Janeiro (três meses), a taxa de juro implícita apurada pelo IGCP, a agência que gere a dívida pública, foi de -0,426%, o que ficou aquém dos -0,432% alcançados na última operação comparável.

As taxas negativas significam que os investidores assumem, eles próprios, um custo pelo empréstimo ao Estado português, em vez de ser o Estado a pagar para se endividar. 

 

As taxas menos negativas foram uma realidade para que o Tesouro português colocasse o máximo de títulos de dívida que estava previsto. O intervalo situava-se entre 1.000 e 1.250 milhões de euros, tendo sido emitidos 1.250 milhões, 1.000 dos quais nos bilhetes com maturidade em Setembro do próximo ano e 250 nos títulos que se vencem em Janeiro.

 

Em relação à colocação mais expressiva, as ofertas foram 1,48 vezes superiores ao montante colocado, abaixo do rácio de 2,51 vezes que tinha sido registado no último leilão comparável.

 

No caso da dívida a três meses, a oferta superou em 3,06 vezes o valor colocado, quando o leilão de títulos comparáveis tinha sido de 2,72 vezes.

 

Esta emissão de dívida de curto prazo de Outubro é a penúltima do ano: haverá um novo leilão de bilhetes do Tesouro em Novembro, nessa altura com títulos a seis (uma reabertura de uma linha já existente) e 12 meses (um lançamento). Em Dezembro, não se realizará nenhuma emissão. 

Este trimestre, de acordo com o programa de financiamento, o IGCP prevê emissões de obrigações do Tesouro (prazo acima de 18 meses) para arrecadar 750 e 1.000 milhões. 



(Notícia actualizada com mais informações pelas 11:03)


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