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Moody's vê melhorias na economia angolana mas alerta para pressão das eleições
A agência de notação financeira Moody's reconhece melhorias na situação macroeconómica em Angola, mas alerta para a "pressão" do aumento das despesas públicas devido às eleições gerais deste ano.
A Moody’s reiterou ontem o rating da dívida pública de Angola, em B1, que corresponde ao quarto nível de "lixo" (categoria de investimento especulativo), bem como a perspectiva de evolução negativa.
No relatório divulgado, a agência de notação financeira alude ao cenário político, com eleições previstas para Agosto, às quais já não concorre José Eduardo dos Santos, chefe de Estado desde 1979.
"Há riscos de que as pressões sobre as despesas aumentarão no ano das eleições", escreveu a agência de notação financeira.
Nas outras duas principais agências de rating, a notação também está no nível de "junk".
A Fitch cortou em Setembro do ano passado o rating soberano de Angola de B+ para B, que é o quinto nível de lixo.
Também a Standard & Poor’s cortou, em Fevereiro deste ano, a classificação de Angola de de B+ para B, justificando a medida com a queda do preço do petróleo e a dependência das receitas com as exportações desta matéria-prima – o que conduz a um maior endividamento do país.