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Juros portugueses invertem tendência e recuam

Os juros da dívida portuguesa estão a recuar no mercado secundário, acompanhando a tendência registada no resto da Zona Euro, e de forma mais acentuada. O prémio de risco face à dívida alemã está, por isso, a cair.

Mario Proenca/Bloomberg
11 de Novembro de 2015 às 10:48
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Os juros da dívida portuguesa estão a recuar, invertendo a tendência registada no início da sessão. Depois de fortes subidas na sessão de segunda-feira que levaram os juros para máximos de Julho, os juros recuaram na sessão seguinte em toda a Zona Euro, devido à expectativa de uma intervenção do BCE. Prolongam agora esta tendência de queda, com Portugal a destacar-se. 

Os juros a 10 anos, que é considerada a maturidade de referência, estão a cair 1,1 pontos base para 2,776%, depois de terem já avançado cinco pontos esta manhã. A "yield" a cinco anos está a recuar 1,2 pontos base para 1,452%. No prazo mais curto, a dois anos, os juros estão a cair 5,2 pontos base para 0,172%.

Entre as principais congéneres europeias, a queda da "yield" portuguesa é a mais acentuada. Nos restantes países da Zona Euro, os juros estão a recuar menos de 1 ponto. Em Espanha, a "yield" a 10 anos está a cair 0,1 pontos base para 1,869%. Os juros das "bunds" alemãs recuam 0,6 pontos base para 0,618%, fazendo cair o prémio de risco que os investidores pagam para apostar na dívida portuguesa em detrimento da alemã. O "spread" está a cair 0,7 pontos base para 214,8 pontos.

Na terça-feira. Erkki Liikanen, governador do Banco da Finlândia, afirmou que "o conselho do BCE está disposto e capaz de actuar, através de todos os instrumentos disponíveis no seu mandato". Uma declaração que reforçou a especulação de que, em Dezembro, serão aprovados mais estímulos à Zona Euro, fazendo recuar os juros. 

Os analistas prevêem que a volatilidade deverá manter-se, até existir uma maior clarificação da situação política. "Uma vez que é improvável que a situação política se esclareça no curto prazo, a volatilidade na dívida portuguesa deverá continuar", diz David Schnautz. "Mas nos próximos meses não será tão elevada, já que o mercado vai habituar-se à situação", acrescenta o estratego do Commerzbank

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