A confiança em torno de um acordo entre Atenas e os credores está a aumentar, o que está a levar a um alívio de pressão sobre a Grécia. A taxa de juro implícita nas obrigações a dois anos está a afundar 488,3 pontos base para 23,99%. No prazo a quatro anos a queda é de 241,4 pontos para 16,577% e a 10 anos a descida é de 148,6 pontos para 11,18%.

Já o principal índice bolsista grego, o FTASE, que agrega as 25 maiores cotadas da Grécia, está a subir 5,14% para 218,90 pontos, impulsionado pela generalidade das acções, mas com destaque para a banca, que tem sido um dos sector mais lesados. Alpha Bank está a subir mais de 20%, o National Bank of Greece mais de 18%, o Piraeus mais de 17% e o Eurobank mais de 15%.

Estas descidas acentuadas das taxas de juro e a subida da bolsa antecipam assim o sucesso das negociações entre Atenas e os credores. É, pelo menos, esta a expectativa dos investidores, num dia em que se multiplicam as reuniões já agendadas, ainda que pareça longe a possibilidade de se chegar a um acordo final esta segunda-feira, 22 de Junho.

De manhã, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, reuniu-se com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.

A esta altura os ministros das Finanças das Zona Euro, o Eurogrupo, reúnem-se para preparar a Cimeira Europeia, que começa ao final do dia. Os ministros das Finanças da Zona Euro já estão reunidos e a única certeza que parece haver é que sem o trabalho técnico, que ainda não houve tempo de fazer, não haverá qualquer acordo final entre a Grécia e os credores.