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Grécia traz euforia às bolsas europeias

Há uma proposta grega nas mãos dos parceiros europeus que, segundo a Comissão Europeia, vai na direcção certa. Os investidores parecem ter gostado de ouvir a opinião. As bolsas disparam, os juros afundam.

22 de Junho de 2015 às 09:40
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É com ganhos em torno de 2% e 3% que estão esta segunda-feira, 22 de Junho, a negociar as bolsas europeias. É com recuos nas taxas de juro associadas às obrigações de países periféricos que seguem os mercados de dívida. Os investidores estão optimistas, com indicações de que há um plano grego que vai no sentido pretendido pelos parceiros europeus. Um sinal dado no dia em que se realiza uma cimeira extraordinária para decidir o que pode acontecer com a Grécia. 

 

O índice europeu Stoxx Europe 600 está a ganhar 1,98% depois de o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, ter admitido que o Governo grego fez uma proposta aos parceiros europeus, e seus credores, que vai "na direcção certa". Já no fim-de-semana, a ideia era a de que os dois pontos andavam a aproximar posições.

 

A ideia é a de que o incumprimento da Grécia poderá estar afastado, algo que está a animar os investidores. Reduz-se, assim, a tensão que se tem vivido ao longo das últimas semanas, onde foram várias as incertezas relativamente à Grécia. São várias as reuniões que irão decorrer esta segunda-feira, para tentar resolver a distância que separa Atenas de Bruxelas.

A bolsa grega é a que mais sobe esta segunda-feira. O índice geral do país ganha 7,4%, liderando os avanços na Europa. As praças de Paris e Frankfurt marcam avanços de 3% enquanto Madrid segue a ganhar 2,58%, próximo da subida de 2,53% do português PSI-20. Milão soma 2%.

 

Todos os sectores empresariais contribuem para a valorização das bolsas europeias, com a banca, as telecomunicações e a construção a marcarem as maiores subidas.

 

O mercado de dívida também segue com alívio, mais uma vez com a Grécia a marcar a maior subida do preço das obrigações, o que quer dizer que as rendibilidades associadas aos títulos estão a cair, o que mostra uma maior confiança por parte dos investidores.

 

No caso grego, no prazo a dez anos, há uma descida de 130 pontos base, o que é o mesmo que dizer de 1,3 pontos percentuais. Enquanto os investidores pediam, na sexta-feira, uma taxa de 12,7% para comprarem dívida grega, esta segunda-feira, a taxa encontra-se em 11,4%. As quedas são expressivas em todos os prazos em que há títulos negociados, segundo as taxas genéricas da Bloomberg.

 

Em Espanha, também há uma descida das "yields", superiores a 10 pontos base, num comportamento que é acompanhado por Portugal. A taxa a dez anos segue nos 2,15%. Os países considerados mais seguros, como a Alemanha e a França, registam subidas das "yields", o que representa uma menor diferença face aos restantes países, o que mostra uma menor tensão no mercado.

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