Os juros da dívida pública da Grécia estão a afundar em todas as maturidades depois de o ministro das Finanças se ter comprometido, no Eurogrupo, a legislar reformas estruturais, nomeadamente no mercado de trabalho, o que poderá abrir a porta a um novo cheque dos credores para os cofres de Atenas.

Depois de ter chegado a superar os 10% na segunda-feira, a ‘yield’ associada à dívida a dois anos afunda 150,2 pontos base – a maior queda desde Junho – para 7,968%. Já no prazo a dez anos, os juros recuam 36,6 pontos base para 7,173%.

Na reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, realizada ontem em Bruxelas, Euclid Tsakalotos assumiu perante os seus homólogos que a Grécia fará avanços ao nível de reformas estruturais que são exigidas pelos credores.

"Estou muito satisfeito com este resultado", congratulou-se Jeroen Dijssebloem, o presidente do Eurogrupo, após a reunião mensal do Eurogrupo. Também o FMI felicitou o compromisso de Atenas de "atender aos pedidos das instituições internacionais em áreas-chave", como frisou um porta-voz da instituição liderada por Christine Lagarde.

Assim, os técnicos da troika vão regressar em breve a Atenas, possivelmente na próxima semana. Em função do resultado desta missão técnica, o Eurogrupo poderá dar luz verde à segunda avaliação do programa de assistência e desembolsar uma nova fatia do empréstimo.

A expectativa dos europeus é que o valor desta nova transferência seja já partilhado pelo FMI que, neste terceiro programa de assistência financeira, apenas se comprometeu em prestar assistência técnica a Atenas.