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Juros da dívida francesa disparam 10 pontos com rumores de saída de Macron

O "spread" entre os juros da dívida francesa e a alemã alcançou o maior valor em mais de quatro anos. A incerteza quanto ao futuro político da segunda maior economia da Zona Euro está a deixar os investidores receosos.

Sarah Meyssonnier/Reuters
11 de Junho de 2024 às 15:30
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A hipotética resginação de Emmanuel Macron, entretanto desmentida pelo próprio, do cargo de Presidente da França agitou os mercados e fez os juros da dívida soberana do país disparar mais de 10 pontos base nesta terça-feira para 3,3216%. Durante a manhã, uma rádio francesa noticiou, citando fontes próximas ao Presidente francês, que Macron estaria pronto para apresentar a sua resignação, depois do choque eleitoral de domingo. 

Em entrevista à Le Figaro Magazine, Macron esclareceu que "não é a União Nacional [partido de Marine le Pen] que escreve a Constituição ou o espírito da mesma". E acrescentou: "As instituições são claras, tal como é a posição do Presidente, seja qual for o resultado. Isso é inviolável para mim".

As "yields" da dívida francesa a dez anos, que subiram na segunda-feira para o valor mais elevado do ano, continuam a crescer, avançando agora 3,8 pontos base para 3,261%. Durante esta terça-feira, o diferencial (spread) entre a dívida alemã e a francesa atingiu o nível mais alto desde o início da pandemia da covid-19, em março de 2020, tendo aliviado após a garantia de Macron que independentemente do resultado das legislativas não se demitiria. 

O mercado europeu tem demonstrado grande volalitidade em reação aos resultados das eleições europeias. O crescimento da extrema-direita no Velho Continente trouxe apreensão aos mercados e a subida da União Nacional para o primeiro lugar nos resultados das eleições francesas fez com que Emmanuel Macron dissolvesse o Parlamento do país, convocando eleições para 30 de junho.

Os mercados reagiram negativamente e afundaram o CAC-40, o principal índice parisiense, em 1,35% na segunda-feira, tendo chegado a tocar em mínimos de três meses. Neste momento, o índice encontra-se a desvalorizar 1,42% para 7.782,18 pontos. 

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