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IGCP avança com operação de troca de dívida

O instituto liderado por Cristina Casalinho propõe comprar aos investidores dívida que vence em 2017, 2018 e 2019. Em troca, o Tesouro entrega novas obrigações com maturidade em 2025 e 2037. O objectivo é que a operação seja neutra em termos de rendimento.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Junho de 2016 às 12:50
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A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai realizar uma oferta de troca de obrigações do Tesouro na sexta-feira, 1 de Julho. Segundo o comunicado divulgado esta quinta-feira, o instituto liderado por Cristina Casalinho está a propor aos investidores venderem os títulos que maturam em Outubro de 2017, Junho de 2018 e Junho de 2019, em troca da dívida que vence em Outubro de 2025 e Abril de 2037.

Na prática, esta operação é uma recompra de obrigações combinada com uma nova emissão de dívida de montante equivalente. Até porque, aponta o comunicado do IGCP, o objectivo "é alcançar rendimento aproximadamente neutro" com a troca de dívida. Especificamente, o Tesouro quer retirar do mercado obrigações com taxas de cupão de 4,35%, 4,45% e 4,75%, oferendo nova dívida com pagamentos anuais de 2,875% e 4,10%.

Apesar de serem cupões inferiores, o IGCP acena aos investidores com as maiores taxas de juro implícitas ("yields"). Ou seja, os investidores, ao aceitarem a oferta, estarão a trocar títulos com poucos cupões em falta, por outros com dos quais ainda poderão receber vários cupões. Os títulos que vencem em 2025 ainda pagarão dez cupões, ao passo que as obrigações que vencem em 2037 ainda pagarão 21 cupões.

A última vez que o instituto liderado por Cristina Casalinho fez uma operação de troca foi em Abril de 2015. Então, o IGCP comprou 2,358 mil milhões de euros em OT com maturidade em Outubro de 2017 e 2,179 mil milhões em títulos que vencem em Junho de 2018. Em troca, o IGCP vendeu aos investidores 3,125 mil milhões em títulos com maturidade em Fevereiro de 2024 e 875,8 milhões em obrigações com vencimento em Fevereiro de 2030.

(Notícia actualizada às 13:12, com mais informação)

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