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Certificados captam mais 334 milhões em Maio
As famílias continuam a aplicar elevados montantes nos produtos de poupança do Estado. Entraram mais 334 milhões de euros, isto num mês marcado pela primeira emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV).
O valor aplicado em certificados voltou a aumentar, registando-se um saldo líquido positivo no valor de 334 milhões de euros em Maio. Foi o melhor mês desde Março, com os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) a brilharem num mês que ficou marcado pelo lançamento das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV).
De acordo com os dados do Banco de Portugal, enquanto os certificados de aforro, que estão com uma taxa bruta de apenas 0,742%, captaram 13 milhões de euros (contra 17 no mês anterior), em termos líquidos, os CTPM atraíram 321 milhões durante o mês de Maio. Este valor compara com os 298 milhões de euros obtidos por estes títulos em Abril.
Este total de 334 milhões de euros captados nestes dois títulos de dívida pública destinada a pequenos investidores foi o mais elevado desde os 344 milhões registados de Março, sendo que em Maio houve a concorrência de um novo produto do Estado, as OTRV. Com uma taxa de 2,2%, abaixo da taxa média de 2,25% oferecida pelos CTPM para quem mantiver o produto por cinco anos, as OTRV registaram uma forte procura.
Três semanas de subscrição, 750 milhões de euros em oferta, mas a procura foi bem mais elevada: 1.234 milhões de euros. À data do anúncio dos resultados, Cristina Casalinho, a presidente do IGCP, notava que tinha sido conseguido "cumprir o objectivo de alargar a nossa base de investidores".
Houve uma canalização de diferentes poupanças, não uma canibalização, notou, à data, a responsável pela dívida nacional. "Temos que salientar que não houve qualquer impacto em relação aos outros produtos que o IGCP também vende", ou seja, certificados de aforro e CTPM, salientou Cristina Casalinho.