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Tesouro paga juros mais altos do último ano
Mais uma operação com dívida de curto prazo. O instituto liderado por Cristina Casalinho emitiu o montante máximo previsto para este duplo leilão, com os juros a dispararem face aos anteriores.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) concluiu esta quarta-feira, 15 de Junho, mais um duplo leilão de bilhetes do Tesouro (BT). Uma operação na qual o Tesouro colocou mil milhões de euros em títulos que vencem daqui a três e 11 meses. No prazo mais longo, a taxa de juro foi a mais elevada em um ano.
Na sexta operação com dívida de curto prazo do ano, Portugal emitiu 755 milhões de euros em BT a 11 meses. O instituto liderado por Cristina Casalinho (na foto) conseguiu para esta maturidade uma taxa de juro de 0,146%, o valor mais elevado desde Junho de 2015. Na altura, o Tesouro tinha colocado 550 milhões de euros com uma taxa média de 0,159%.
Além destes títulos, o IGCP colocou também 245 milhões de euros em dívida a três meses com uma taxa de juro de 0,075%. Também neste caso a taxa de juro foi significativamente mais elevada, traduzindo um máximo de Novembro de 2014. O Tesouro português emitiu, então, 200 milhões de euros com uma taxa de 0,156%.
Feitas as contas, Portugal financiou-se em mil milhões de euros com taxas de juro mais elevadas. Um reflexo da turbulência que afecta actualmente o mercado e que tem levado os juros da dívida portuguesa a disparar. Depois de a "yield" dos BT a 11 meses ter subido 7,5 pontos base na última sessão, esta quarta-feira está a avançar 3,3 pontos para 0,177%.
Apesar das taxas de juro mais elevadas, o certo é que a procura dos investidores pelos títulos manteve-se significativa. O rácio de procura face à oferta nos títulos a três meses ascendeu a 1,61 vezes, acima das 1,40 vezes no último leilão equivalente, em Abril. Já nos títulos mais longos a procura passou de 1,60 vezes para 1,61 vezes a oferta do Tesouro.
(Notícia actualizada às 11:04, com mais informação)