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Juros de Portugal corrigem antes de leilão
A "yield" de Portugal está a cair após três sessões a agravar-se, numa manhã de correcção nos juros da periferia e com os investidores a aguardarem leilão de dívida de curto prazo agendada para esta quarta-feira.
O prémio exigido pelos investidores para comprar títulos de dívida portuguesa está a recuar pela primeira vez em cinco dias, numa manhã marcada pela recuperação dos activos de risco na Europa. Os juros de Portugal estão a acompanhar a correcção na periferia, antes de o país ir ao mercado tentar colocar até mil milhões de euros em dívida de curto prazo.
A "yield" a dez anos de Portugal segue a corrigir 5,2 pontos base para 3,337%, depois de três sessões consecutivas a agravar-se. O "spread" face à dívida alemã, que negociou pela primeira vez abaixo de zero esta terça-feira, também está a cair. Desce para 333,18 pontos, depois de quatro sessões a aumentar.
A dívida portuguesa está a acompanhar a tendência de outros países da periferia. Os juros de Espanha e Itália também seguem a deslizar. Descem ambos 2,2 pontos base para 1,542% e 1,485%, respectivamente.
À espera do leilão
Esta descida dos juros nacionais ocorre em dia de leilão. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai realizar um duplo leilão de bilhetes do Tesouro esta quarta-feira, 15 de Junho. A operação, que contará com títulos a três e 11 meses, tem o objectivo de angariar até mil milhões de euros. Este é já o sexto leilão de dívida de curto prazo em 2016.
"O IGCP vai realizar no próximo dia 15 de Junho, pelas 10:30 horas, dois leilões das linhas de BT com maturidades em 23 de Setembro de 2016 e 19 de maio de 2017", revelou o Tesouro em comunicado emitido esta sexta-feira, 10 de Junho. O instituto liderado por Cristina Casalinho fixou o "montante indicativo global entre 750 milhões e 1000 milhões euros".
Na última emissão a três meses, realizada no mês de Abril, Portugal conseguiu emitir títulos com taxa negativa. No entanto, a linha nesta maturidade está a negociar com valores superiores. Ao contrário dos prazos mais longos, a "yield" a três meses sobe 5,4 pontos base para 0,154%.