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IGCP faz oferta de troca de dívida para adiar reembolsos por seis anos

A operação vai permitir aliviar os reembolsos previstos para 2020 e 2021.

Pedro Elias
23 de Julho de 2019 às 13:30
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A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai realizar esta quarta-feira a terceira oferta de troca de dívida deste ano, com o objetivo de adiar por mais de seis anos o reembolso de obrigações aos investidores.

 

A oferta vai concretizar-se amanhã, pelas 10:00, e passa pela compra de obrigações com maturidade em 2020 e 2021, oferecendo em troca títulos com maturidade em 2026 e 2029.  

 

O resumo da oferta:

 

IGCP compra:

ISIN: PTOTECOE0029– OT 4.80 15 junho 2020

ISIN: PTOTEYOE0007– OT 3.85 15 abril 2021

 

IGCP vende:

ISIN: PTOTETOE0012 – OT 2.875  21 julho 2026

ISIN: PTOTEVOE0018 – OT 2.125 17 outubro 2028

 

Esta será a terceira oferta de troca deste ano, com o IGCP a aproveitar as taxas de juro perto de mínimos históricos para alargar a maturidade média da dívida e aliviar os reembolsos previstos para os próximos dois anos.


Em 2020 estão agendados reembolsos de títulos num valor superior a 13 mil milhões de euros e no ano seguinte o montante a pagar aos investidores aproxima-se de 15 mil milhões de euros.  

 

Na operação realizada há dois meses o instituto liderado por Cristina Casalinho tinha recomprado títulos que chegavam à maturidade em abril de 2021 no valor de 742 milhões de euros, entregando em troca títulos com maturidade em maio de 2026. 

 

Na operação realizada em janeiro deste ano o IGCP recomprou 702 milhões de euros em obrigações que chegavam à maturidade em junho de 2020, oferecendo em troca obrigações no mesmo valor mas que têm a maturidade em outubro de 2028.

 

Em dezembro do ano passado o IGCP tinha adquirido 1.036 milhões de euros em títulos de dívida que chegavam à maturidade em junho de 2020 e mais 870 milhões de euros em obrigações que venciam em abril de 2021, adiando assim o reembolso de 1.900 milhões em dívida.

 

Nos primeiros cinco meses deste ano o custo da dívida emitida pelo Estado situou-se em 1,5%, o que representa o valor mais baixo de sempre e compara com 1,8% em 2018 e 2,6% em 2017.

 

Excluindo os empréstimos ao abrigo do pedido de assistência financeira, a maturidade média da dívida portuguesa situa-se em 6,3 anos.

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