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IGCP diz que emissão de Panda Bonds foi "bem-sucedida"

A agência que gere a dívida pública considera que a entrada no mercado chinês foi "bem-sucedida". Portugal tem autorização para emitir até cinco mil milhões em moeda chinesa.

JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
30 de Maio de 2019 às 13:12
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Uma operação inédita na Zona Euro e "bem-sucedida". É assim que o IGCP classifica a emissão de Panda Bonds (obrigações de países estrangeiros emitidas em moeda chinesa) concluída esta quinta-feira, 30 de maio. A procura no mercado chinês pela dívida portuguesa superou 3,165 vezes a oferta, que era o equivalente a 260 milhões de euros.

As obrigações portuguesas a 3 anos emitidas em moeda chinesa vão pagar uma taxa de juro (cupão) de 4,09%. De acordo com uma fonte próxima do processo, quanto tido em conta o "swap" de conversão para euros, a esta emissão fica associada uma taxa de juro inferior a 0,65%.

No mercado secundário as obrigações portuguesas emitidas em euros transacionam com uma "yield" negativa (-0,24%).


"Com esta transação bem-sucedida, Portugal acedeu ao terceiro maior mercado de obrigações no mundo para aumentar a diversificação da sua base de investidores", afirma a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) num comunicado divulgado hoje após a conclusão da emissão.

No comunicado, o IGCP refere que a aprovação dos reguladores chineses permite a Portugal "registar uma quota de emissão de 5 mil milhões de renminbi", o equivalente a 650 milhões de euros. 

A agência revela ainda que anteriormente à emissão fez um "roadshow" por Pequim, Singapura e Xangai para apresentar aos investidores a situação da economia portuguesa.

Esta dívida emitida em moeda chinesa terá maturidade a 3 de junho de 2022. A operação foi feita em conjunto com o Banco da China, o banco HSBC e com o aconselhamento da CaixaBI.

Na China, a República de Portugal é avaliada pela agência de rating China Lianhe com uma notação financeira de "AAA".
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