Notícia
Fitch baixa rating de Hong Kong pela primeira vez desde 1995
Desde que foi instalado o acordo "um país, dois sistemas" que Hong Kong não via o seu rating ser reduzido pela Fitch.
06 de Setembro de 2019 às 07:53
A Fitch Ratings baixou a notação financeira de Hong Kong como um emissor de dívida de longo prazo em moeda estrangeira pela primeira vez desde 1995. Em causa está a recente turbulência política e social que aumenta as dúvidas sobre a capacidade de governação do território.
O rating de Hong Kong baixa assim de AA+ para AA com uma perspetiva negativa, o que significa que pode vir a baixar ainda mais nos próximos meses, de acordo com um comunicado divulgado pela agência de rating esta sexta-feira, 6 de setembro.
A última vez que a Fitch tinha diminuído o rating de Hong Kong foi há 24 anos quando o território, uma ex-colónia do império britânico, foi "entregue" à China sob o sistema de "um país, dois sistemas".
Isto significava que durante 50 anos Hong Kong (e Macau) ficava com um elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, algo que os manifestantes dizem que não está a ser cumprido por Pequim. O Governo chinês deveria ficar responsável apenas pelas relações externas e defesa de Hong Kong.
Os protestos de larga escala decorrem há três meses na capital financeira - que era vista como um lugar seguro para os investimentos a nível mundial - e têm criado incerteza para os investidores, aumentando a possibilidade de haver fuga de capitais.
Além disso, a economia de Hong Kong já estava a ser afetada pela disputa comercial entre os Estados Unidos e a China dado que as duas maiores economias do mundo são os dois maiores parceiros comerciais da cidade.
"Os meses de conflito persistente e de violência estão a testar os perímetros e a flexibilidade do acordo 'um país, dois sistemas', que governa a relação entre Hong Kong e a China", aponta a Fitch, referindo que no futuro a integração nas regras institucionais e regulatórias chinesas vão ser um desafio.
A Fitch prevê que a economia de Hong Kong paralise este ano (variação de 0% do PIB) - podendo entrar em recessão no segundo semestre de 2019 -, crescendo 1,2% no próximo ano.
Ainda assim, Hong Kong tem uma notação financeira superior à da China (A+ com perspetiva estável). Nas três maiores agência de rating, Hong Kong está pelo menos dois níveis cima do rating chinês.
O rating de Hong Kong baixa assim de AA+ para AA com uma perspetiva negativa, o que significa que pode vir a baixar ainda mais nos próximos meses, de acordo com um comunicado divulgado pela agência de rating esta sexta-feira, 6 de setembro.
Isto significava que durante 50 anos Hong Kong (e Macau) ficava com um elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, algo que os manifestantes dizem que não está a ser cumprido por Pequim. O Governo chinês deveria ficar responsável apenas pelas relações externas e defesa de Hong Kong.
Os protestos de larga escala decorrem há três meses na capital financeira - que era vista como um lugar seguro para os investimentos a nível mundial - e têm criado incerteza para os investidores, aumentando a possibilidade de haver fuga de capitais.
Além disso, a economia de Hong Kong já estava a ser afetada pela disputa comercial entre os Estados Unidos e a China dado que as duas maiores economias do mundo são os dois maiores parceiros comerciais da cidade.
"Os meses de conflito persistente e de violência estão a testar os perímetros e a flexibilidade do acordo 'um país, dois sistemas', que governa a relação entre Hong Kong e a China", aponta a Fitch, referindo que no futuro a integração nas regras institucionais e regulatórias chinesas vão ser um desafio.
A Fitch prevê que a economia de Hong Kong paralise este ano (variação de 0% do PIB) - podendo entrar em recessão no segundo semestre de 2019 -, crescendo 1,2% no próximo ano.
Ainda assim, Hong Kong tem uma notação financeira superior à da China (A+ com perspetiva estável). Nas três maiores agência de rating, Hong Kong está pelo menos dois níveis cima do rating chinês.