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Wall Street fecha em alta após dados positivos da inflação. Intel e Tesla disparam
Os principais índices norte-americanos fecharam no verde. O foco dos investidores esteve em novos dados da inflação, assim como nas tarifas recíprocas da administração norte-americana. As tecnológicas voltaram a dar alento, com a Tesla quase 6% e a Intel a acelerar mais de 7%.
Wall Street fechou a sessão desta quinta-feira com os principais índices a registarem ganhos. Durante o dia, os investidores estiveram atentos à divulgação de novos dados referentes à inflação, assim como ao anúncio por parte de Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos (EUA), de que vai impor tarifas recíprocas a parceiros comerciais, mas não para já.
O S&P 500 avançou 1,04% para os 6.115,07 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 1,50% para 19.945,64 pontos. Já o Dow Jones ganhou 0,77% para 44.711,43 pontos.
O índice de preços no produtor (IPP) aumentou 3,5% em janeiro, face ao período homólogo, tendo ficado acima das expectativas dos analistas, que apontavam para uma subida homóloga de 3,2%.
No entanto, várias das componentes do IPP que "alimentam" a medida de inflação preferida da Reserva Federal (Fed) norte-americana - o índice de preços das despesas pessoais (PCE) - registaram descidas, o que veio atenuar a preocupação dos investidores. O próximo PCE será divulgado a 28 de fevereiro.
"Embora o IPP tenha sido muito mais elevado do que o esperado, com revisões ainda mais elevadas, os dados reais que entram no PCE foram mais fracos", explicou à Bloomberg Andrew Brenner da NatAlliance Securities. O especialista acrescentou que "o PCE é para onde Jerome Powell e a Fed olham. Portanto, na realidade, os números são melhores".
No que toca às tarifas recíprocas, a decisão de Trump de não as implementar imediatamente pode ser vista como uma abertura para negociações - o que já se passou, de resto, com o México, Canadá e Colômbia.
A decisão final foi atirada para o início de abril, depois de Trump ter ordenado o representante para o Comércio e o secretário do Comércio a proporem novas taxas numa base país a país num esforço para reequilibrar as relações comerciais.
"O Presidente Trump está a tentar nivelar o campo de jogo global, implementando tarifas recíprocas contra as nações que mantêm taxas sobre os EUA", disse à Bloomberg Jose Torres, da Interactive Brokers. "Mas os investidores estão a começar a perceber que grande parte da conversa dificilmente se concretizará, com a retórica a parecer cada vez mais uma tática de negociação", disse o mesmo especialista.
Entre os movimentos de mercado, a Intel continuou o "rally" ao subir mais de 7%, enquanto continua a especulação de um eventual acordo entre a tecnológica norte-americana com a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company. Também a Tesla fechou o dia em alta, ao saltar 5,77%.
Entre as "big tech", a Nvidia subiu 3,16%, a Apple ganhou 1,97%, a Alphabet pulou 1,32%, a Amazon valorizou 0,63%, a Meta avançou 0,44% e a Microsoft subiu 0,37%.