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EUA intensificam pressão sobre houthis do Iémen. Irão atento
Escalada no Médio Oriente, entre Estados Unidos e os houthis, deixa Irão alerta. Washington diz que não vai parar enquanto os rebeldes não cessarem os ataques a navios no Mar Vermelho. Moscovo apela à calma.
Depois de os ataques aéreos dos Estados Unidos a infrastruturas houthis do Iémen no sábado terem matado, pelo menos, 31 pessoas, o secretário da Defesa norte-americano veio este domingo sinalizar que a pressão do país sobre o grupo rebelde se vai manter enquanto durarem os ataques dos houthis aos navios que atravessam o Mar Vermelho.
O grupo do Yémen - que tem o apoio do Irão - tem justificado esses ataques como uma retaliação por Israel não permetir a entrada de ajuda humanitária na faixa de Gaza. Os houthis classificaram os mais de 100 ataques norte-americanos - a maior operação militar dos EUA desde que Donald Trump tomou posse para um segundo mandato - como "crimes de guerra" e que responderiam na mesa proporção.
"No minuto em que os Houthis indicarem que vão parar de atacar os nossos navios e drones, esta campanha terminará, mas até lá será implacável", indicou Pete Hegseth, o secretário da Defesa dos EUA à Fox News.
Noutra entrevista, mas à CBS News o Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, indicou que não havia forma de os houthis terem a capacidade de continuar a atacar navios e responder aos Estados Unidos. "A não ser que tenham o apoio do Irão. Então esta foi também uma mensagem para o Irão: não continuem a apoiá-los, porque senão também serão responsáveis".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão condenou os ataques ao Iémen considerando-os uma "grave violação dos princípios da Carta das Nações Unidas e das regras fundamentais do direito internacional".
Por sua vez, o principal comandante da Guarda Revolucionária do Irão respondeu às ameaças dos EUA dizendo que os Houthis eram independentes e tomavam suas próprias decisões estratégicas e operacionais. "Alertamos nossos inimigos de que o Irão responderá de forma decisiva e destrutiva se eles colocarem suas ameaças em prática", indicou Maj Gen Hossein Salam.
Moscovo terá já pedido a Washington "a cessação imediata do uso da força e a importância de todas as partes se envolverem no diálogo político".