Notícia
Abertura dos mercados: Petróleo a caminho da maior subida semanal desde julho. Ouro com pior semana desde abril
As bolsas europeias estão em baixa na reta final de uma semana que deverá ser positiva para o petróleo e negativa para o ouro.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,74% para 4.933,81 pontos
Stoxx 600 desvaloriza 0,01% para 385,88 pontos
Nikkei avançou 0,54% para 21.199,57 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 2 pontos base para 0,223%
Euro aprecia 0,12% para 1,1047 dólares
Petróleo em Londres valoriza 0,02% para 61,97 dólares o barril
Bolsas europeias no vermelho após más notícias na economia alemã
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a desvalorizar 0,01% para os 385,88 pontos esta sexta-feira, 6 de setembro, após duas sessões consecutivas de ganhos que colocaram o índice europeu em máximos do início de agosto.
Antes do arranque da sessão saíram mais dados económicos da Alemanha. A maior economia da Zona Euro viu a sua produção industrial contrair mais do que o esperado pelos analistas, segundo a Bloomberg. Os economistas esperavam uma subida em cadeia (de julho para agosto) de 0,6%, mas o indicador registou uma queda de 0,4%. Em comparação homóloga, a queda foi superior a 4%.
Ontem tinha sido o otimismo em relação às negociações comerciais alimentado pelo encontro presencial entre os EUA e a China no início de outubro a animar os mercados.
Em Lisboa, o PSI-20 segue a desvalorizar 0,74% para 4.933,81 pontos com a pressão da Galp Energia que está em ex-dividendo.
Juros aliviam após subida expressiva
Os juros das obrigações soberanas da Zona Euro estão a descer no arranque desta sessão, após uma forte subida na sessão de ontem, dia em que os investidores se viraram mais para ativos de risco. Esta quinta-feira, apesar de Portugal ter sido autorizado a fazer um pagamento antecipado aos credores europeus e de Itália ter apresentado um Governo e um comissário europeu mais conciliador com a União Europeia, os juros de ambos os países subiram vários pontos base.
Ainda assim, ambas as 'yields' associadas à dívida pública no mercado secundário continuam em níveis historicamente baixos. No caso de Itália, os juros a dez anos estão a cair 2,9 pontos base para os 0,914%. No caso de Portugal, os juros a dez anos aliviam 2 pontos base para 0,223%.
No mundo das obrigações soberanas, os investidores aguardam com expectativa o discurso de hoje de Jerome Powell, presidente da Fed, em Zurique. O mercado já incorporou que a Reserva Federal vai baixar os juros diretores ainda mais, mas Powell ainda não o sinalizou.
Euro sobe, mas mantém fraqueza
O euro está a registar ganhos na expectativa de que a oposição a Mario Draghi no corte de juros e no reinício do 'quantitative easing' consiga levar a melhor na próxima reunião de 12 de setembro. Contudo, os analistas da Bloomberg consideram que a subida será temporária e que o euro continuará a enfraquecer.
A divisa europeia já perde mais de 3% face ao dólar este ano, tendo atingindo um mínimo de maio de 2017 quando baixou dos 1,1 dólares. As previsões compiladas pela Bloomberg apontam que o euro terminará o ano nos 1,12 dólares, o que compara com os 1,15 dólares que inicialmente tinham previsto para 2019.
Neste momento, o euro sobe 0,12% para os 1,1047 dólares, acumulando quatro sessões em que não desvalorizou.
Petróleo a caminho da maior subida semanal desde julho
O ouro negro está a caminho da maior subida semanal desde a primeira quinzena de julho devido à queda dos inventários nos EUA em julho, que foi além do previsto, o que diminui a oferta disponível no mercado. Por outro lado, a reunião presencial entre os EUA e a China em outubro é positiva dado que sinaliza um maior entendimento entre as duas principais economias do mundo (responsáveis por grande parte da procura por petróleo) em vez de uma deterioração das relações.
O WTI, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 0,04% para os 56,27 dólares ao passo que o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, avança 0,02% para os 60,97 dólares .
Em Nova Iorque, o petróleo está a caminho da maior subida semanal desde julho. Em Londres, o petróleo está a valorizar há quatro semanas consecutivas.
Ouro no vermelho após maior queda desde novembro de 2016
O ouro registou ontem a sua maior queda desde novembro de 2016, altura em que Donald Trump venceu as presidenciais nos EUA, por causa do otimismo em relação às negociações comerciais com a reunião presencial marcada para outubro entre os EUA e a China e os dados económicos norte-americanos que superaram as expectativas. Ambos os fatores levaram os investidores para ativos com maior risco, afastando-se de ativos de refúgio como o ouro.