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FC Porto adia reembolso de obrigações por um ano e alivia pressão nas contas

A assembleia de hoje aprovou o pedido de adiamento do clube para adiar o pagamento aos obrigacionistas que submeter a emissão de dívida de 35 milhões de euros, por um ano. As ações já não estão suspensas.

Ricardo Estudante
05 de Junho de 2020 às 15:50
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A assembleia de obrigacionistas da SAD portista, que se realizou nesta setxa-feira, aprovou o adiamento por um ano do reembolso de emissão de 35 milhões de euros, que vencia a 9 de junho, segundo anunciou a cotada em comunicado à CMVM (Comissão de Mercado de Valores Mobiliários).

Assim, a nova data de reembolso das obrigações correspondentes à emissão FC Porto SAD 2017-2020 passa a ser 9 de junho de 2021, "sem qualquer penalização para o clube" e com o "reconhecimento e aceitação" de que esta alteração "não constitui uma situação de incumprimento" nos pagamentos. 

A proposta de adiamento, que precisava de aprovação de pelo menos dois terços dos presentes para avançar, teve luz verde de 87% dos votos emitidos, ou 208.370 votos a favor, e 13% de votos contra (correspondentes a 31.000). A SAD do FC Porto anunciou que não existiu qualquer abstenção na votação de hoje. 

O segundo ponto aprovado na assembleia desta sexta-feira foi a alteração dos termos e condições do reembolso do empréstimo obrigacionista, no sentido de conceder à SAD portista a opção de "reembolso antecipado, em qualquer dia útil, pelo respetivo valor nominal acrescido de juro corrido, desde que seja dado aos obrigacionistas aviso prévio de 15 dias úteis por meio de anúncio a ser divulgado no sítio da internet da FCP SAD e no Sistema de Difusão de Informação da CMVM". 

As ações foram suspensas pela CMVM antes da assembleia de obrigacionistas, mas o regulador já levantou a suspensão da negociação das ações, que assim podem ser transacionadas na segunda-feira. 

A SAD portista defendia, aquando da convocatória para a assembleia obrigacionista, que a proposta da administração tem por base os "enormes impactos nas atividades da FC Porto SAD e do Grupo FC Porto provocados pelo atual contexto de pandemia internacional e estado de emergência nacional".

A sociedade anónima desportiva dos "dragões" identificava algumas das consequências da pandemia, destacando "o adiamento (e potencial cancelamento) inesperado dos jogos de futebol do FC Porto e perda substancial de receitas que lhe estão associadas (bilheteira e conexas), bem como a acentuada falta de atividade do mercado de transferências de jogadores que se tem mantido até ao momento e não apresenta previsões de rápida retoma", que, defende "alterou substancialmente a base negocial objetiva da emissão obrigacionista".
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