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DBRS mantém “rating” do BCP

A agência canadiana manteve a notação em BB (High) com tendência estável, destacando o regresso do banco à rentabilidade, apesar dos desafios que o sector enfrenta em Portugal.

Bruno Simão
16 de Junho de 2016 às 14:54
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A DBRS manteve o "rating" da dívida sénior de longo prazo e de despósitos do BCP em BB (high), um nível abaixo de grau de investimento. A agência canadiana tem uma perspectiva estável para a notação do banco liderado por Nuno Amado, salientando o regresso do banco à rentabilidade. Pela negativa, a DBRS enumera o ambiente difícil que o sector bancário enfrenta em Portugal e o nível de capitalização "fraco" do BCP.

 

"A confirmação dos 'ratings' do BCP com uma tendência estável reflecte o facto de o grupo ter reportado alguma estabilização na qualidade dos activos e na rentabilidade, apesar dos desafios do ambiente operacional", disse a DBRS num comunicado. Os analistas da agência consideram que o banco "demonstrou a capacidade para gerar capital interno com o regresso à rentabilidade no primeiro trimestre de 2015". Desde essa altura, a DBRS salienta que "apesar do ambiente difícil, o BCP demonstrou uma melhoria do produto bancário".

 

Apesar dessas melhorias, a DBRS continua a considerar que a qualidade dos activos do BCP e que os níveis de capital são "fracos". "A capitalização, apesar de ter melhorado, continua fraca, especialmente quando comparando com os pares internacionais", refere a agência. Já em relação à qualidade dos activos, a DBRS diz que "continua fraca e vulnerável a mudanças no cenário macroeconómico". Salienta que o nível de crédito malparado ainda é significativo, "apesar de ter estabilizado nos últimos dois anos".

 

A sustentar o "rating" estão "a satisfatória posição de financiamento do banco e o bom nível de activos líquidos", assegura a DBRS.

 

O que pode fazer mexer o "rating"

 

A tendência estável do "rating" indicia que a DBRS não perspectiva alterações no curto prazo. Mas a agência explica os factores que poderão levar a subidas ou descidas do "rating". Para melhorar a notação, a agência precisa de ver "um histórico mais longo de uma rentabilidade sustentada no negócio ‘core’ em Portugal, uma redução significativa do crédito malparado e um fortalecimento adicional da posição de capital".

 

Já se a DBRS constatar "um enfraquecimento substancial da qualidade dos activos" e pressões na rentabilidade o "rating" poderá descer. Isso também poderá acontecer se houver indícios "de um enfraquecimento da capacidade do Grupo em enfrentar o cada vez mais desafiante ambiente legal e regulatório". 


(Notícia actualizada às 15:10 com mais informações)
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