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DBRS retira BCP do "lixo" e sobe rating da CGD

A DBRS elevou o rating do BCP e da CGD em um nível. A notação do banco liderado por Miguel Maya está agora no nível de investimento de qualidade.

Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 03 de Junho de 2019 às 09:35
A agência de notação financeira do Canadá subiu as notações financeiras do Banco Comercial Português e da Caixa Geral de Depósitos, que estão agora na categoria de investimento de qualidade, ou seja, fora do território de "lixo".

O rating dos dois bancos subiu um nível. O do BCP passou de BB (alto) para BBB (baixo), o que já se encontra fora de lixo, sendo que a tendência é "estável".

A notação da CGD, que já estava em investimento de qualidade, passou de BBB (baixo) para BBB, sendo que a tendência também melhorou de "estável para "positiva".

O banco do Estado tem agora um rating igual ao atribuído pela DBRS à República Portuguesa (BBB), que se situa dois níveis acima de "lixo", enquanto a classificação do BCP está um patamar abaixo.

As restantes agências de "rating" continuam a atribuir aos dois maiores bancos portugueses uma notação que se encontra no grau especulativo. A Moody’s tem um rating de Ba1 para o BCP e para a CGD, enquanto a Fitch atribui uma classificação dois níveis abaixo de "lixo" aos dois bancos (BB).  

"Esta ação da DBRS reflete a melhoria da rendibilidade, suportada pela melhoria dos resultados em Portugal, a manutenção de elevados níveis de eficiência, a redução do custo do risco e a aceleração da redução" dos Non-Performing Exposures (NPE), que correspondem aos ativos não rentáveis, como o crédito malparado, refere um comunicado do BCP enviado à CMVM.

"Reconhecimento importante" 

Na nota onde anuncia a melhoria do rating do BCP, a DBRS diz que a notação financeira continua a refletir "o ainda elevado custo do risco e o ‘stock’ elevado de NPE, que apesar de estar a melhorar, permanece acima dos pares europeus". A tendência estável deve-se à posição de "funding" estável e rácios de capital "aceitáveis".

Para uma nova subida de "rating", será necessário "mais reduções do NPE, bem como um ‘track record’ mais prolongado na geração de lucros" e "maior visibilidade no ‘outlook’ da rentabilidade na Polónia".

Numa nota enviada ao Negócios, Miguel Maya, CEO do BCP, diz que esta subida de "rating" ao BCP "reflete o esforço continuo e bem-sucedido" do banco "na melhoria da qualidade do balanço e o persistente trabalho realizado para aumentar a eficiência e a rendibilidade do banco".

 

Assinala ainda que representa um "reconhecimento importante quer do valor do caminho que definimos no plano estratégico quer da confiança que os profissionais do grupo merecem ao nível da capacidade de entrega dos objetivos que assumimos perante o mercado".

 

CGD com base de capital "sólida"
Também num comunicado ao regulador, a CGD diz que nesta subida do rating "a DBRS destaca os progressos no aumento da rentabilidade e na melhoria da qualidade dos ativos, através da redução de non-performing loans [NPL], bem como a posição de liderança de mercado da CGD, e a sua sólida base de capital e liquidez".


Sobre a CGD, a DBRS assinala que o atual rating continua a refletir "o ainda elevado montante de NPL, bem como os desafios para reforçar as receitas, sobretudo na margem financeira".

(Notícia atualizada pela última vez às 11:14 com declaração de Miguel Maya)
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